segunda-feira, novembro 17, 2008

Não fui eu que escrevi, mas gostava de ter sido :

A notícia do dia são as buscas feitas pela polícia em casa de elementos dos No Name Boys. Não tenho qualquer simpatia por esta claque do Benfica, mas há factos que têm de ser colocados sobre a mesa. Este grupo organizado de apoio esteve envolvidos em factos lamentáveis no passado, como o caso do very-light, há muito que sofre represálias pelo facto de ter recusado submeter-se a uma Lei 16/2004 que não fica nada a dever às imposições do 24 de Abril. Um erro não justifica outro. Em cada jogo na Luz, os NN nunca apresentam menos de mil elementos em curva. A acção policial incidiu sobre uma fatia extremamente representativa (será 1% do total da claque?) de 30 supostos integrantes, onde foram encontradas tochas e... droga. Pois bem, vamos lá às estatísticas de consumo de droga em Portugal e tentar adivinhar qual seria a percentagem de casos semelhantes em 30 buscas aleatórias em casa de jovens... estudantes universitários, por exemplo. Quanto às tochas e "armas", bem, tomem cuidado se tiverem um gás defensivo ou um bastão de beisebol em casa. Ou se sacarem do e-mule um filme do Pato Donald que afinal, quando clicam, dá em pornografia/pedofilia. Podem passar por criminosos ou pedófilos se um dia a polícia vos entrar pela porta dentro às 6 da manhã. Mais vale tirarem uma licença de caça, dado que assim podem ter caçadeiras em casa sem que ninguém vos aborreça. Em suma, qualquer cidadão tem de respeitar a Lei e, não o fazendo, está sujeito a ser penalizado. Se a polícia detectou situações anómalas envolvendo os No Name Boys, a claque mais multi-étnica em Portugal depois das idiotas conotações nazis dos primeiros anos, fez bem em actuar. É pena, somente, que exista uma verdadeira paranóia em torno das claques em Portugal, com dezenas de polícias que não fazem mais nada durante a semana do que "controlar" os elementos deste grupos, quando as verdadeiras vertentes da criminalidade tantas vezes não recebem a atenção que justificariam. De resto, e como um clube português destacou em devido tempo, o estatuto de adepto de futebol apenas existe ao redor do espectáculo desportivo. Por isso, o que cada espectador faz na sua qualidade de cidadão é da sua responsabilidade individual. Pensar que uma claque com cerca de 3 mil elementos, como os No Name Boys, só tem 1% de elementos com comportamentos questionáveis, se calhar vem demonstrar que estes grupos organizados são bem mais tranquilos do que a sociedade em geral. Reflictam nisso.

PS: Como seguir a corrente é fácil e pensar custa mais, resta apenas informar quem não sabe: a maior parte das claques portuguesas estão legalizadas. Repito: legalizadas. Quem cumpre a Lei 16/2004 não pode ser metido no mesmo saco dos NN, que sempre optaram por ficar à margem. Por último, considerar que um grupo de organizado de apoio com milhares de integrantes é composto por criminosos é tão redutor como afirmar que todos os políticos são corruptos só porque existem Fatinhas, Isaltinos, Valentins e quejandos. Vamos ter mais seriedade e discutir as raízes do problema sem seguidismos ideológicos.

fonte : http://futsabado.blogspot.com/

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