segunda-feira, novembro 30, 2015

Os cabelos brancos de Renato Sanches

Alguém se lembrou de inscrever Renato Sanches na lista para a Champions, de modo que o vimos jogar na quarta-feira no Cazaquistão. Tem um reportório que mais ninguém tem no actual meio-campo do Benfica. Trata-se de um médio-ofensivo. Tão ofensivo que acabou o jogo a fazer de médio-defensivo para não destoar e não estragar, com as suas arrancadas, o futebol compulsivamente amarrado dos bicampeões.

Os benfiquistas gostaram de ver Renato Sanches. Os adversários do Benfica apreciaram menos. Por exemplo, Carlos Severino - um amigo, um antigo companheiro dos jornais, um candidato à presidência do Sporting - não deu grande valor à exibição de Renato Sanches, porque lhe dá 28 anos e não 18. Quem sabe, sabe. Quando, cheinho de cabelos brancos, evoluía como iniciado no Seixal já tinha 20 e não 8 anos o nosso Renato Sanches. É que salta à vista.

Não há tormento maior para a índole fatalista do futebol português do que aquele engodo do 'basta empatar'. O Benfica, por exemplo, passou por esse transe há três anos quando lhe bastava empatar no Porto e acabou por perder o jogo e o título nos instantes derradeiros. Agora, numa prova de outra projecção, volta o Benfica ao 'basta empatar' quando receber o Atlético Madrid. Não é que o Benfica precise sequer de empatar para chegar aos 'oitavos', porque já lá está. O que importava era assegurar o primeiro lugar do grupo, evitando assim aqueles potentados da estratosfera financeira que, normalmente e sem piedade, dão cabo de quem se lhes atravessa ao caminho. E, desse ponto de vista, diga-se que a Liga Europa é um descanso...

O mesmo 'basta empatar' tramou também o Porto na terça-feira porque, bastando-lhe empatar com o Dínamo Kiev para seguir em frente na Champions, acabou por perder e colocar-se numa posição em que já não depende só de si. A ninguém no Dragão passaria pela cabeça um desfecho daqueles. E muito menos a Julen Lopetegui, que até deixou de fora André André. A ideia patriótica do treinador basco, consumando-se uma esmagadora vitória tangencial sobre os ucranianos, seria a de responsabilizar Fernando Santos por ter esmifrado até ao tutano o jovem médio portista ao serviço da Selecção Nacional. Mas a coisa acabou por sair ao contrário, o que, às vezes, acontece. E, assim sendo, lá se ouviram as ainda mais infelizes explicações tácticas...

Fonte: Leonor Pinhão @ Record

quinta-feira, novembro 26, 2015

Assassinos sanguinários que se melindram facilmente

Quando o ayatollah Khomeini ordenou que Salman Rushdie fosse assassinado por ter escrito um livro, a ordem foi recebida com alguma compreensão. O escritor John Le Carré disse: "Não creio que possamos ser impertinentes em relação às grandes religiões impunemente." O arcebispo da Cantuária acrescentou: "Compreendo bem a reacção dos devotos muçulmanos, feridos naquilo que consideram mais sagrado, e pelo qual estariam dispostos a morrer." Quando Theo van Gogh foi assassinado por ter realizado um filme, aconteceu mais ou menos o mesmo. Um jornalista inglês, por exemplo, escreveu que o realizador tinha "abusado do seu direito à liberdade de expressão". Quando a violência deflagrou em vários sítios do mundo e cerca de 200 pessoas perderam a vida porque um jornal dinamarquês publicou uns desenhos, houve mais reacções parecidas. O Vaticano emitiu um comunicado que dizia: "O direito à liberdade de expressão (...) não pode implicar o direito a ofender o sentimento religioso dos crentes." O governo inglês considerou que a publicação dos desenhos foi "desnecessária", "insensível", "desrespeitadora" e "errada". O ministro português Freitas do Amaral afirmou que os desenhos ofendiam "as crenças ou sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos" e acrescentou que a liberdade de expressão devia respeitar a liberdade de religião, concluindo: "liberdade sem limites não é liberdade, é licenciosidade". Quando vários cartunistas do Charlie Hebdo foram abatidos a tiro por terem desenhado uns bonecos, a culpa das vítimas voltou a ser referida. O Papa Francisco disse: "Não se pode provocar. Não se pode insultar a fé dos outros. Não se pode fazer troça da fé dos outros." Tony Barber, do Financial Times, escreveu: "seria útil que houvesse algum bom senso em publicações como o Charlie Hebdo (...) que reclamam estar a infligir um golpe pela liberdade quando provocam muçulmanos, mas estão apenas a ser estúpidos."

Esta semana, depois de mais de uma centena de pessoas ter sido assassinada por estar a ouvir música, a jantar num restaurante ou a ver um jogo de futebol, ainda ninguém veio chamar a atenção para o modo como o comportamento das vítimas ofendeu os fundamentalistas islâmicos. Permitam-me que seja o primeiro. A mesma sensibilidade com que algumas pessoas foram, ao longo do tempo, condenando certas provocações inaceitáveis aos assassinos, sempre tão susceptíveis, devia agora servir-lhes para detectar e repreender mais esta ofensa. Aquilo que as vítimas da passada sexta-feira estavam a fazer era tão afrontoso para os assassinos como escrever um livro, realizar um filme ou fazer um desenho: estavam a viver em liberdade. O comunicado no qual o estado islâmico reivindicou o atentado dizia que Paris tinha sido escolhida por ser "a capital do vício", que o Bataclan era um alvo por ser o sítio onde estavam reunidos "centenas de pagãos", que os terroristas tinham aberto fogo sobre "um ajuntamento de incréus" e que os ataques continuarão "enquanto continuarem a ofender o nosso profeta".

Felizmente, eu vivo num mundo em que temos a liberdade de nos ofendermos uns aos outros. Essa liberdade é fundamental, uma vez que as pessoas se ofendem com muitas coisas diferentes. Os bárbaros, por exemplo, ofendem-se primeiro com um livro, depois com um filme, depois com um desenho. E depois acabam por ofender-se com o facto de respirarmos. Talvez John Le Carré, Freitas do Amaral e o Papa considerem que devemos passar a respirar com mais respeito. Eu acho que isso é tão absurdo como escrever, filmar ou desenhar com o cuidado de não ferir a sensibilidade de assassinos.

Fonte: Ricardo Araujo Pereira@Visão

sábado, novembro 21, 2015

Desporto de fim de semana - 2015/11/21

Agenda Benfica
Sabado 21/11
 - 16:00 - SC Braga -v- SL Benfica - Futsal
 - 16:00 - SL Benfica -v- Eléctrico FC - Basquetebol
 - 18:00 - A. A. Espinho -v- SL Benfica - Voleibol
 - 19:00 - ADA MAIA / ISMAI -v- SL Benfica - Andebol
 - 20:00 - Sporting cp -v- SL Benfica - Futebol
 - 20:00 - FC Alverca -v- SL Benfica - Hoquei Femininos
 - 21:00 - HC Turquel -v- SL Benfica - Hoquei

Domingo 22/11
 - 17:00 - SL Benfica -v- Leixões - Voleibol

Terça-feira 24/11
- 17:00 - SL Benfica B -v- Oriental - Futebol

Quarta-feira 25/11
 - 19:00 - SL Benfica -v- Gualtar - Futsal
 - 21:00 - SL Benfica -v- Sopron KC - Basquetebol


Futebol 
Sábado, 2015/11/21
 - 11:00 - CSKA Moscow (1,36) -v- Krylya Sovetov Samara (7,75) - Premier-Liga - Russia
 - 11:30 - Akhisar Belediye GS (3) -v- Bursaspor (2,3) - Superliga - Turkey
 - 12:45 - Watford (4) -v- Manchester Utd (2) - Premier League - England
 - 13:30 - Zenit St. Petersburg (1,36) -v- Ural Ekaterinburg (8) - Premier-Liga - Russia
 - 15:00 - Chelsea FC (1,4) -v- Norwich City (8) - Premier League - England
 - 15:00 - West Bromwich (6) -v- Arsenal FC (1,53) - Premier League - England
 - 15:00 - Real Sociedad (2,7) -v- FC Sevilla (2,7) - Primera Division (Liga BBVA) - Spain
 - 16:00 - FC Lorient (8) -v- Paris Saint-Germain (1,45) - Ligue 1 - France
 - 16:00 - Lokomotiv Moscow (1,55) -v- Anzhi Makhachkala (5,25) - Premier-Liga - Russia
 - 17:00 - Club Brugge (1,45) -v- Zulte-Waregem (6,5) - Pro League - Belgium
 - 17:00 - Bologna (5) -v- AS Roma (1,75) - Serie A - Italy
 - 17:15 - Real Madrid (2,5) -v- FC Barcelona (2,8) - Primera Division (Liga BBVA) - Spain
 - 17:30 - Manchester City (1,67) -v- Liverpool FC (5,75) - Premier League - England
 - 18:15 - Galatasaray (1,44) -v- Antalyaspor (6) - Superliga - Turkey
 - 19:00 - AS Monaco (1,75) -v- FC Nantes (5) - Ligue 1 - France
 - 19:00 - Estac Troyes (3,4) -v- OSC Lille (2,15) - Ligue 1 - France
 - 19:30 - Espanyol (2,4) -v- Malaga (3) - Primera Division (Liga BBVA) - Spain
 - 19:45 - Willem II (5,5) -v- PSV Eindhoven (1,5) - Eredivisie - Netherlands
 - 19:45 - Juventus (1,62) -v- AC Milan (6,5) - Serie A - Italy
 - 20:00 - Sporting Clube de Portugal (2) -v- SL Benfica (3,5) - Taça de Portugal - Portugal
 - 21:30 - Palmeiras (2,7) -v- Cruzeiro (2,5) - Serie A - Brazil

Domingo, 2015/11/22
 - 11:30 - Hellas Verona (7,75) -v- SSC Napoli (1,42) - Serie A - Italy
 - 13:00 - PAOK Salonika (1,4) -v- Panaitolikos (7) - Super League - Greece
 - 13:30 - Feyenoord Rotterdam (1,36) -v- FC Twente (8) - Eredivisie - Netherlands
 - 14:00 - Fiorentina (1,5) -v- FC Empoli (6,25) - Serie A - Italy
 - 16:00 - Tottenham Hotspur (1,57) -v- West Ham United (5,25) - Premier League - England
 - 17:00 - Besiktas (1,4) -v- Sivasspor (7,25) - Superliga - Turkey
 - 19:00 - Corinthians (2,1) -v- Sao Paulo (3,4) - Serie A - Brazil
 - 19:45 - Inter Milan (1,2) -v- Frosinone (14) - Serie A - Italy
 - 20:00 - AS Saint-Etienne (2,5) -v- Olympique de Marseille (3,1) - Ligue 1 - France
 - 20:00 - Flamengo RJ (1,72) -v- Ponte Preta (4,5) - Serie A - Brazil


Basquetebol
Sabado 21/11
 - Sacramento Kings (2.10) -v- Orlando Magic (1.77)

Domingo 22/11
 - Milwaukee Bucks (2.70) -v- Indiana Pacers (1.48)
 - Atlanta Hawks (2.90) -v- Cleveland Cavaliers (1.42)
 - Washington Wizards (2.30) -v- Detroit Pistons (1.65)
 - New York Knicks (2.65) -v- Houston Rockets (1.50)
 - Philadelphia 76ers (10.0) -v- Miami Heat (1.06)
 - Memphis Grizzlies (3.60) -v- San Antonio Spurs (1.30)


Tenis
Sabado 21/11
Barclays ATP World Tour Finals - London (GBR) - Hardcourt - World
 - 15:00 - Novak Djokovic (1.22) -v- Rafael Nadal (4.50)
 - 21:00 - Roger Federer (1.35) -v- Stan Wawrinka (3.30)

Regresso do árbitro chinês

Tem sido notícia por todo o mundo a viagem a Madrid do presidente da Liga de Clubes para negociar com as autoridades espanholas competentes uma futura Liga Ibérica. Seria, ninguém duvide, um fenómeno avassalador em termos de negócio. Imagine- -se um campeonato entre os melhores emblemas da nossa península. Uma prova seguida globalmente por milhões e milhões de adeptos de clubes gigantescos como o Real Madrid, o Benfica, o Barcelona e o "OPorto". 

Trata-se, objetivamente, de um mercado imenso a que se soma, sem esforço nem favor, o número astronómico de 1 bilião, 693 milhões e 213 de adeptos-instantâneos do Sporting na República Popular da China, como esta semana anunciou Bruno de Carvalho. A China impressiona muito, é verdade. Até o Benzema já quer deixar o Real Madrid para vir jogar no Sporting (e não no de Gijon). 

São, aliás, antigas e boas as relações entre Alvalade e Pequim. Já em 1978, o Sporting levou em digressão até à China um árbitro para preparar o terreno para o século XXI. Tratou-se do senhor Mário Luís, o impecável e leoninamente fardado árbitro que lhe apitara, nas vésperas do embarque, uma final da Taça de Portugal disputada com o Porto. 
Ganhou o Sporting, o Porto protestou mas o importante é que se ganhou para a literatura desportiva e de viagens a expressão "árbitro chinês" que, curiosamente, volta a estar cada vez mais em voga face às incidências da corrente Liga que ainda só vai a um terço mas que já muito tem rendido em chinesices. Como seria de prever, anuncia-se para breve uma visita ao outro lado do mundo do atual presidente do Sporting. Leva com ele duas missões. 

A primeira é a de explicar, no mínimo, a 1 bilião e meio de chineses ignorantes quem foi Peyroteo e não Pey-Lo-Teo... A segunda é a de, em 24 horas, lançar a primeira pedra, construir e inaugurar dez Academias Mário Luís ao longo da Grande Muralha. Resta saber se esta viagem presidencial ao Oriente volta a incluir na bagagem a figura do árbitro chinês. Tudo isto deixa o Benfica em alerta, naturalmente. Se o Jorge Sousa, que vai arbitrar hoje o dérbi, embarcar na próxima semana para a China, é porque está definitivamente o caldo entornado. 


Outras histórias 
Nem o engenheiro do penta se safa  
André André confessou-se feliz no fim do jogo de Portugal no Luxemburgo em que até marcou um golo. Aliás, um belo golo a provar que, na área adversária, é ele o nosso mais eficaz oportunista do momento. "As coisas têm-me corrido bem", disse. Não devia ter dito. Não devia sequer estar contente. Nem nada lhe poderá correr bem na vida se a entidade patronal entende que o selecionador abusou do esforço dos seus jogadores nesta digressão da equipa de todos nós ou de todos eles, como preferiram. 

Exibição a exibição, golo a golo, André André vai ganhando a sua posição na seleção, que é a de titular indiscutível e não tarda nada. Os veementes protestos do Porto pela utilização abusiva do jovem jogador por Fernando Santos em dois particulares só seriam ultrapassados em chinfrineira se o mesmo Fernando Santos ousasse não levar André André até França no verão. E quem diz, André, diz Rúben Neves, diz Danilo… Caramba, nem o engenheiro do "penta" escapa à velha liturgia bairrista. 


Sobe e Desce 
Sobe 
Raúl Jiménez - Fazem-se apostas Quando conseguirá o benfiquista marcar um golo? Sobe a parada das apostas. Ao serviço do México, foi outro desperdício. 

China-Portugal - Dois países uma religião 
O sportinguismo tornou-se uma religião na China. E brindou-se com água engarrafada, sempre melhor para a saúde pública. 

Desce 
Sky Sports - Conspiração internacional 
Os ingleses dizem que o Benfica é o clube com maior percentagem de vitórias em jogos das 6 mais notórias ligas europeias. 


Pérola 
"Não estou preocupado com a arbitragem", Bruno de Carvalho 

Fonte: Leonor Pinhão @ Correio da manha

sexta-feira, novembro 20, 2015

Morram certas onomatopeias, pim!

Há dias, numa festa de casamento, o padrinho do noivo ergueu o copo no fim do discurso e, como é costume nestas ocasiões, disse para os convidados: "Tchim-tchim." Tendo calado por demasiado tempo a minha objecção a este gesto, pedi a palavra e disse o seguinte: "Meus amigos, sem pôr em causa a oportunidade de brindarmos ao enlace do João e da Andreia, gostaria apenas de pedir a todos que o fizéssemos de um modo aritmética e linguisticamente correcto. Na verdade, 'tchim' é uma onomatopeia bem pouco competente para imitar o som que os copos fazem quando telintam. Aliás, a bonita palavra 'telintar' reproduz muito mais fielmente aquele som, o que é bastante curioso." As pessoas fitavam-me com admiração, e era claro que também consideravam aquele facto bastante curioso. "De facto" - prossegui - "quando dois copos embatem um no outro não se produz, de modo algum, o som 'tch', a menos que o vidro se quebre. Mas este é apenas um primeiro ponto da minha justificada antipatia pela expressão 'tchim-tchim'. Quando brindamos, o nosso copo toca no copo de outra pessoa apenas uma vez, pelo que o segundo "tchim" é completamente despropositado. É interessante notar que o som 'tchim-tchim' nunca foi produzido, na prática, por qualquer grupo de copos: quando duas pessoas brindam ouve-se apenas um 'tchim', e quando brindam três ouve-se 'tchim-tchim-tchim' - os dois tchins correspondentes ao brinde da pessoa A com as pessoas B e C e um terceiro tchim produzido pelo brinde da pessoa B com a pessoa C. Posto isto, quando se brinda, creio que o mais apropriado será dizer apenas 'tchim' - ou, de preferência, uma onomatopeia que se aproxime mais do som de vidro que toca em vidro. Eu recomendo 'plim'. Muito boa noite."

Fez-se um daqueles silêncios que costumam ocorrer depois de grandes momentos. A maior parte das pessoas tinha a boca entreaberta, mas não parecia interessada em falar. Por isso, levantei-me novamente e acrescentei: "Há já muito tempo que venho defendendo a necessidade de uma profunda reforma das onomatopeias portuguesas. Devo dizer que não conheço um único cão que faça 'béu--béu'. E tenho vergonha de admitir que a onomatopeia dos ingleses para o som de bater à porta ('knock-knock') é bem superior à nossa, na medida em que, de acordo com a minha experiência, nunca um punho fechado batendo numa superfície de madeira fez 'truz-truz'". Neste ponto, o padrinho do noivo interrompeu para dizer: "O que devia ser investigado era o som que um punho fechado faz quando bate nas tuas ventas." Alguns convivas desconfiaram que a observação não expressava uma verdadeira curiosidade linguística, e movimentaram-se no sentido de impedir uma zaragata. Como sempre que alguém tenta impedir uma zaragata, gerou-se então uma zaragata, durante a qual acabariam por se partir, na testa do padrinho do noivo, duas garrafas. Que, ironicamente, fizeram "tchim" e "tchim".

Fonte: Ricardo Araujo Pereira @ Visão

sábado, novembro 14, 2015

É como andar de bicicleta



A par da figura marcial de Valentim Loureiro, forçado ao recato pelas incidências judiciais que levaram o Boavista à despromoção, Octávio Machado é a outra alta personalidade de uma era em que o falar alto e a insinuação permanente – "vocês sabem do que eu estou a falar…" é o título da sua biografia – marcavam a agenda daquilo que hoje dá pelo nome de "comunicação institucional", mas que antigamente se chamavam apenas de chinfrineira para as massas. Reconheça-se-lhe, no entanto, o mérito de ser insubstituível no papel que, com alguns hiatos, vem desempenhando. Muitos já tentaram mas a verdade é que, em termos de altura nesta arte, ninguém lhe chega aos calcanhares, o que é dizer muito tratando-se de Octávio Machado. Tem reportório escasso mas à sua maneira eficiente. Em plena 2ª década do século XXI, o Octávio Machado que no domingo foi acusado por Carlos Pinho, presidente do Arouca, de comportamento pouco convencional junto à linha é o mesmíssimo Octávio que na década de 80 do século passado fazia-se ver ao longo do comprimento do campo das Antas incentivando, em termos muito próprios, a equipa de arbitragem a operar exclusivamente em prol da verdade desportiva. É como andar de bicicleta. Uma habilidade perene que, note-se, não é a única. Também no discurso não há a registar cambiantes que mais de trinta anos de evolução histórica poderiam consentir. Basta consultar a imprensa ao longo dos tempos para se concluir, não sem uma pontinha de admiração, que tal como o Porto metia medo a muita gente quando Octávio era adjunto, também o Sporting metia medo a muita gente quando foi treinador principal em Alvalade na década de 90. E tal como o Porto voltou a meter medo a muita gente quando para lá voltou como treinador (até ao episódio com Jorge Costa), temos hoje um Sporting, a onde tornou, que "mete medo a muita gente" outra vez. Todo este tema é discutível. Por exemplo, para o presidente do Arouca quem mete medo é o próprio Octávio e quanto à "muita gente", afinal, nem é tanta gente assim. São apenas sucessivas gerações de árbitros e fiscais de linha. Octávio agiganta-se, os árbitros encolhem-se. E mesmo assim não vai ser fácil. 

Memórias de Mini Pereira 
Não é novidade que o Benfica vem sofrendo um avolumar de carências que dificilmente não deixariam de pesar (toneladas) no empobrecimento da sua equipa de futebol. Sobreviveu- -lhe, ainda assim, a alma competitiva. E o Benfica, pasme-se, é o bicampeão nacional sem nunca ter deixado de perder jogadores de categoria nas aberturas bianuais do mercado. De todas estas deserções, umas a bem e outras a mal, a mais difícil de disfarçar é a de Maxi Pereira. O uruguaio, dizia-se, era o transportador da chamada "mística" que não é mais do que a vontade de vencer expressa numa entrega ao alcance de poucos. Maxi é hoje jogador do rival. Sentado numa cadeirinha posta no centro do relvado do Dragão, disse numa entrevista que "o Porto já ganhou coisas únicas que só poderiam acontecer aqui". Tudo indica que se está a referir ao jogo que deu ao Porto o seu último título. Ficou-lhe apenas por esclarecer se conta mais como "coisa única" o golo do Kelvin ou antes o autogolo que ele próprio, Mini Pereira, assinou.  


Sobe e Desce 
Sobe: 
Cosme Machado - Olha o trem de aterragem 
De vermelho, o nosso Collina sobe no terreno para melhor inspecionar se foi falha humana ou falha do trem de aterragem.  

Adilson - Foi uma falha humana 
Afinal foi falha humana. Eis o pobre Adilson a descer, a descer… e só por estar no sítio errado à hora mais do que certa.  

Desce: 
Naldo - Aterragem providencial 
Para baixo todos os Santos ajudam. Eis o momento em que Naldo inicia a sua aterragem providencial no campo arouquense.  

Pérola 
"Vi um vultozito. Vi uma pessoa aos saltitos. Nem sei bem se era uma pessoa", Carlos Pinho


Fonte: Leonor Pinhão @ Correio da Manha

O pugilista de perna curta

Na opinião do presidente do Arouca o presidente do Sporting é “um homem sem palavra”. A expressão vale-se de um doce eufemismo que o decoro consente e que, melhor ainda, obsta ao prolongamento da conversa noutras instâncias. 

O grande público desconhece a natureza da situação que gerou este desabafo. E o presidente do Sporting não se deu, até este momento, ao trabalho de contrapor à acusação implícita que lhe foi dirigida a sua lapidar saída para estas ocasiões que é um “fartei-me de rir” que já vai fazendo História. Todos estaremos de acordo no que importa ao nosso futebol. É que seja um lugar bem frequentado. Há indícios otimistas neste capítulo. 

O presidente do Arouca, por exemplo, recorre a figuras de estilo do século XIX para evitar o insulto. Melhor esteve ainda o presidente do Benfica quando, no ano passado, vendo-se acusado publicamente pelo presidente do Sporting de lhe ter confidenciado num telefonema que “os melhores reforços são os árbitros” respondeu delicadamente com um “é feio dizer mas Bruno de Carvalho mentiu”. Que expoente de boas maneiras este reconhecimento do que é feio dizer, note-se. Quanto ao presidente do Sporting, posto no seu lugar e logo num assunto tão capitoso que, imagine-se, metia árbitros e tudo, respondeu como lhe manda a virtude. “Fartei-me de rir, não houve telefonema nenhum, estava a ironizar.” Estava apenas na pandega. 

No último mês de Outubro, logo depois de ter insinuado que o Benfica aliciava árbitros, o presidente do Sporting voltou à cartilha para anunciar que muito se ia rir com a resposta do presidente do Benfica. Mas desta vez a resposta não chegou. O silêncio do presidente do Benfica foi então celebrado como uma derrota do rival, uma assunção de culpa que o conduziria à II Divisão, no mínimo. 

Tudo faz crer que a situação agora se alterou já que o espalhafato do mês passado foi reduzido pelos visados – os árbitros – à sua realíssima essência. E, assim sendo, o silêncio do presidente do Benfica já não é visto como sintoma de derrota mas sim de perversa “estratégia” intelectual. Como naquele velho filme do Chaplin-pugilista de perna curta, escondendo-se sempre atrás do árbitro na tentativa vã de derrubar o adversário maior do que ele, o presidente do Sporting vai continuar a ironizar até onde puder e, provavelmente, a arrecadar aos três pontos de cada vez.

Fonte : Leonor Pinhão @Record

"allahu akbar" matar em nome de um Deus


Uma carnificina em plena cidade-luz. A banalidade iraquiana desta vez ocorreu na Europa, afinal depois da Atocha, depois do "charlie-hebdo", os ataques terroristas não estão limitados a Síria ou ao Iraque. Atinge-nos e deixa de ser banalidade que passa nos telejornais. O terror, antes só em Bagdade ou em Kabul, globaliza-se com displicência.

Ontem, no final de uma semana de trabalho, enquanto gente inocente conviviam na noite parisiense, sem saberem porque nem como foram assassinados de uma forma brutalmente cobarde. O horror instala-se e tememos que tenha vindo para ficar.

"allahu akbar" significa matar em nome de um Deus ? Se os ataques efectuados pelo estado islâmico são condenados pelos países islamitas, porque razão esses países não combatem o próprio estado islâmico ? Se o ocidente acolhe os refugidos-económicos que fogem ao estado islâmico, porque razão não se corta o mal pela raiz e se combate o estado islâmico no seu próprio terreno ?

Em breve iremos ouvir falar que os terroristas eram islamitas nascidos em França que tinham aderido ao estado islâmico, que afinal não são terroristas que vêem misturados nos refugidos-económicos. Assim o problema (tal como no 11/09) não esta na ameaça terrorista que vêem de fora, mas sim de terroristas que nasceram e cresceram no meio dessas pessoas que foram assassinadas. A sociedade falhou ao deixar que estes jovens islamitas se transformassem em terroristas e cabe ao estado combate-los dentro de portas, nos seus próprios países, educando-os e prevenindo que eles se transformem em terroristas.


sexta-feira, novembro 13, 2015

Lido por aí

Tal como os psicotrópicos criam dependência, também o Estado Social cria dependência. Por isso é que, parafraseando Milton Friedman, é fácil implementar medidas sociais mas é quase impossível acabar com elas.

quinta-feira, novembro 12, 2015

Dura lexxx, sed lexxx

A deliberação na qual a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomenda que o canal Hot TV exiba mais cinema pornográfico de língua portuguesa foi injustamente escarnecida. Não digo que a deliberação não mereça zombaria. Merece, mas não pelos motivos pelos quais foi zombada. Pessoalmente, levo a sério o motivo pelo qual se zomba. Zombar pelos motivos errados pode tornar ilegítima uma zombaria muito digna. E, na verdade, do ponto de vista jurídico, a recomendação da ERC é impecável. O canal Hot TV tem violado ignobilmente a lei. E se há regras que me custa ver desrespeitadas são as regras do deboche. Na sociedade portuguesa haverá poucas coisas mais decentes e puras do que as regras do deboche. Nesse capítulo, a ERC esteve irrepreensível. A deliberação peca – e peca flagrantemente – no seguinte: a ERC consegue fazer com que a pornografia se torne aborrecida.

A única vez que bocejei a meio de uma conversa sobre sexo foi por responsabilidade da ERC. Cito a enfadonha deliberação: canais como a Hot TV “devem dedicar pelo menos 50% das suas emissões, com exclusão do tempo consagrado à publicidade, televenda e teletexto, à difusão de programas originariamente em língua portuguesa”.

Como assim televenda? Como assim teletexto? Como assim, ó meu Deus, 50%? Que desagradável conúbio é este entre o chavascal e as percentagens? Que funcionário assistiu à programação da Hot TV e foi capaz de reter na memória um desfasamento percentual? Concedo que a programação do canal despreza a produção nacional e europeia, desprezo esse que a exibição da película “Lobas Ibéricas”, com Brenda Starlix e Sheila Martinez nos principais papéis, não contribui para mitigar. Mas há um tipo de linguagem que não pode ser admitido numa conversa acerca deste assunto. E a ERC demonstra uma completa falta de sensibilidade quando diz que a Hot TV – e cito – “não pode ignorar o retrocesso verificado em 2013, pelo que sensibiliza o operador no sentido de incorporar obras audiovisuais na sua programação que se integrem nos parâmetros avaliados”. Toda a gente sabe que não é possível manter uma conversa séria sobre libertinagem utilizando palavras como “parâmetros”. A deliberação da ERC deveria ter sido redigida em termos que respeitassem a matéria analisada. Seria muito mais simples – e pedagógico – dizer: “Meus amigos, não há dúvida nenhuma de que o vosso canal transmite licenciosidade da boa. Mas o legislador deseja, e bem, assistir a mais devassidão nacional, pelo que ela tem de coboiada especificamente lusitana. Há decretos-lei segundo os quais os portugueses têm necessidade de escutar guinchadeira gritada no doce idioma de Camões. O nosso país já provou que é capaz de ombrear, em ordinarice, com o que de melhor se faz lá fora. Vejam lá isso e continuem com o bom trabalho.” Era só isto.

Fonte : Ricardo Araújo Pereira @ Visão

segunda-feira, novembro 09, 2015

Frases - XX

"Sometimes you can't see yourself clearly until you see yourself through the eyes of others."

sexta-feira, novembro 06, 2015

Esta casa tem regras

No primeiro debate que travou com António Costa, Passos Coelho disse que o programa do PS não era muito diferente do de José Sócrates e acrescentou que esse programa tinha conduzido o País "ao desastre". No discurso que fez na semana passada, Cavaco Silva lamentou que PSD e PS não se tivessem entendido, uma vez que tinham tanto em comum. Esta semana, Marco António Costa admitiu que era possível retomar o diálogo com o PS, porque o programa dos socialistas tinha "muitos pontos de contacto" com o da PàF. Destas premissas decorre que:

1. Sócrates é mortal.

2. Contrariamente ao que se pensava, a acusação de ter pontos de contacto com o governo de Sócrates não é mortal.

3. O programa da PàF tem muitos pontos de contacto com o de Sócrates e, por isso, ambos conduzem o País ao desastre.

4. Embora tenham disfarçado bem durante anos, tanto Cavaco como Marco António Costa são dois admiradores da governação de José Sócrates.

5. Jerónimo de Sousa tinha razão quando disse que PSD e PS eram "farinha do mesmo saco".

Tendo em conta o pensamento do próprio Presidente da República, o observador político mais perspicaz é o secretário-geral do PCP. Não se compreende, por isso, que Cavaco queira impedir o acesso ao poder a um político tão arguto. A única explicação para o comportamento do Presidente é esta: Cavaco entende que as funções do Presidente da República são idênticas às de um porteiro de discoteca. Cavaco deseja ser o porteiro da Assembleia da República: se não gosta de determinada pessoa, reserva-se o direito de não a deixar entrar. Se o deputado se apresenta mal vestido, não entra. Os deputados do Bloco, que envergavam camisetas com os rostos dos presos políticos angolanos, estavam claramente mal vestidos. Além disso, há a questão do consumo obrigatório: segundo Cavaco, só tem direito a entrar no Parlamento quem estiver disposto a pagar os custos de uma moeda única demasiado forte para a nossa economia e de tratados que nem a Alemanha cumpre. O ideal era que houvesse uma assembleiazinha mais pequena, nas traseiras da verdadeira, para onde os deputados cujas ideias Cavaco não aprecia fossem brincar aos parlamentos. Uma espécie de piscina dos pequeninos da democracia, talvez numa sala insonorizada, na qual quem tem opiniões diferentes das do Presidente pudesse fazer barulho à vontade. Se o nosso regime é semipresidencialista, faz sentido que haja um semiparlamento.

Fonte: Ricardo Araujo Pereira @ Visão

segunda-feira, novembro 02, 2015

O bi-penta-campeão nacional

Mais facilmente se verá o ex-árbitro das entrevistas bilingues, Marco Ferreira, exercendo um dia funções num bonito Conselho de Arbitragem do que veremos Rui Costa, o antigo jogador que tanto nos encantou, sobreviver incólume aos elogios que lhe foram prestados por Jorge Jesus e que o terão deixado muitíssimo malvisto entre a autodenominada 'estrutura' da Luz.

Cingindo-nos à velha escola soviética, Marco Ferreira está, porém, muito longe de ser aquele tipo de entusiasta a que Lenine chamaria, amavelmente, de "idiota útil". Mas, na realidade, poucos acreditam que o atual presidente do CA consiga não soçobrar às acusações que lhe fazem. E são graves. O Porto apenas venceu sete campeonatos em dez anos de consulado de Vítor Pereira, isto porque o Benfica lhe arrecadou os três sobrantes.

Já com um CA ideal, entre mil a quinhentinhos por cento comprometido com a verdade desportiva, o Porto teria feito o pleno e seria hoje o bi-penta-campeão-nacional porque dez anos são sempre dez campeonatos havendo bom senso. Entretanto, uma das últimas entrevistas do nosso ex-árbitro foi concedida em castelhano a um jornal de Madrid, o que muito agradou ao presidente do Porto que só acredita na justiça estrangeira.

Ouçamo-lo: "Pode ser que a Federação espanhola e o Ministério Público espanhol investiguem, porque cá por este retângulo há coisas em que ninguém quer tocar." Tem razão. E se Marco Ferreira quiser colocar os árbitros portugueses na mira de ambos os Ministérios Públicos da Ibéria, o melhor é pôr-se a andar rapidamente para Santiago de Compostela da próxima vez que sinta urgência em arranhar o galego, que até é língua que exige menos esforço talvez por ser mais próxima da nossa.

Foi notoriamente mal interpretada a frase do presidente do Benfica apelando a incertos para que "se deixem de fascinar por microfones". A imprensa logo concluiu que Luís Filipe Vieira estava por fim a mandar recados para o vizinho do fim da rua quando, lamento, me quis parecer justamente o contrário, que o presidente do Benfica estava simplesmente a falar para dentro de casa.

São de apreciar os jogadores que aproveitam as oportunidades concedidas para marcar posição. Como este Carcela que, a cada fugaz aparição, lá vai marcando o seu golinho. E é de golos que o Benfica precisa.

Fonte: Leonor Pinhão @ Record

Frases - XXII


A leader is best when people barely know he exists, when his work is done, his aim fulfilled, they will say: we did it ourselves.
 —Lao Tzu

domingo, novembro 01, 2015

O Benfica dos três Ruis

No fim da temporada em que se sagrou bicampeão nacional, feito suado que não acontecia há mais de três décadas, o Benfica prescindiu magnanimamente dos serviços do seu treinador. Não lhe faziam mais falta essas pitorescas capacidades alheias que tinham por hábito dirigir a equipa de futebol. 

Na realidade, todos os proventos adquiridos nos últimos anos se ficaram a dever à "estrutura". Mas afinal o que é a "estrutura"? Será, porventura, uma espécie de central de inteligência altamente especializada na matéria inoculada em míticos templos da sabedoria futebolística como são os palácios, os ministérios da governação pública, os escritórios de advogados e os sempre frenéticos estúdios de televisão. 

Bastaram duas lamentáveis derrotas frente ao rival para que a nação benfiquista fosse oficialmente informada de que o treinador, seja ele qual for, continua a ser uma figura meramente decorativa da casa e que o que continua a valer, para o bem ou para o mal, é a famosa central de "know-how". 

Rui Gomes da Silva, que curiosamente ainda é vice-presidente do Benfica, veio a público explicar que o problema maior reside no "aburguesamento da estrutura". Ora sendo o Benfica um clube eminentemente popular, estes aburguesamentos são contra a sua natureza e só podem ter um custo elevado. É no que dá desprezar o operariado. 

Outro Rui, este Vitória, no mero papel de figurante face à estrutural omnipotência residente, foi na mesma alocução mortalmente defendido pelo primeiro Rui, o Gomes da Silva. Isto porque se Rui Vitória capitulou na conversa, ficámos a saber, foi porque lhe falhou "o aconselhamento para as conferências de imprensa", sem o qual o treinador não sabe o que dizer. Ficou, no entanto, por confirmar se foi a estrutura que aconselhou o treinador a substituir um defesa-esquerdo por um médio defensivo quando se viu a perder por 3-0 ou se foi coisa da sua cabeça. 

O terceiro Rui do Benfica é o Costa e, para mal dos seus pecados, vem diretamente do operariado. Está agora em maus lençóis porque o anterior treinador, vingativo, resolveu apontá-lo como "a única pessoa que percebe de futebol na estrutura do Benfica". Ora um atributo destes é verdadeiramente alarmante. 


Outras histórias 
Estão preparados para o próximo dérbi?  
Foi tão explosivo o último dérbi – quer nas circunstâncias em que ocorreu, quer no resultado com que terminou – que uma pessoa é quase levada a esquecer que vem já aí outro dérbi, desta vez a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal. 

Está o reencontro marcado oficialmente para o dia 22 de novembro e até lá muita coisa pode acontecer. Pode, por exemplo, o presidente do Sporting já estar preso e condenado a 20 anos de cárcere – segundo as suas próprias contas dando-se o caso de se vir a descobrir que dá de comer aos árbitros –, ou pode o Benfica apresentar-se em Alvalade na condição de equipa do escalão secundário, dando-se o caso de vingar na justiça a exigência formal do presidente do Sporting que quer ver o Benfica relegado para a II divisão. 

Em função do historial da Taça, convirá mais ao Benfica deslocar-se até ao campo do rival interiorizando o seu novo estatuto de equipa da II divisão. Há que fazer fé no velho sortilégio dos "tomba-gigantes" inerente à competição. Isso e marcar golos. 


Sobe e Desce 
Sobe: Jorge Jesus - Modéstia à parte 
Terminado o dérbi, bastou-lhe um pequeno gesto para o treinador do Sporting ilustrar bem a má exibição da sua antiga equipa.  

Fly Emirates - Competentes no relvado 
A coreografia das hospedeiras da Fly Emirates no relvado da Luz foi a única competência do Benfica na tarde de domingo. 

Desce: 
Águia Vitória - Violência animal 
Um adepto do Benfica saiu da Luz com os óculos partidos graças a um golpe de asa da águia Vitória. Foi o incidente da tarde.  

Pérola: 
"Se fosse o Sporting a dar 120 jantares eu já devia estar preso para aí 20 anos", Bruno de Carvalho

Fonte: Leonor Pinhão @ Correio da Manha

Rugby World Cup 2015


New Zealand haka vs. Australia in the RUgby World Cp 2015 finalu
Fierce. Intense. Legendary. It’s time for one more HAKA from the All Blacks. #RWCFinal
Posted by Rugby World Cup on Sábado, 31 de Outubro de 2015

Modalidades - 2024/04/13

Sábado, 2024/04/13  - 15:00 - Rugby - Gds Cascais -v- SL Benfica - Campeonato Nacional De Honra | 23/24 - Jornada 18  - 15:00 - Andebol Fem...