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Carlos Daniel |
O Benfica teve alma mas ganhou sobretudo por duas apostas táticas: no início, a pressão forte de Rodrigo e Lima (muito melhores nesse momento que Cardozo) com apoio de Enzo forçou o FC Porto a jogar como não gosta, em lançamentos longos e mais estendido no campo; em vantagem, o recuo das linhas - mantendo os extremos a bloquear os flancos e proibindo aos laterais as subidas de risco - permitiu aproveitar o talento e a velocidade de Gaitán, Markovic ou Rodrigo que se tornam demolidores se lhe dão espaço (e o FC Porto deu).
E assim se chega a meio da Liga com o Benfica na liderança, pela quarta vez em cinco anos (uma repartida), no que começa a ser clássico. Ao FC Porto resta, como nas duas épocas anteriores, outro clássico, retocar um plantel com lacunas evidentes apesar da fortuna (mal) gasta em Diego Reyes, Herrera, Quintero e Nabil Ghilas. Mas se com Lucho e Janko correu bem, com Izmailov e Liedson correu mal, e agora talvez não baste uma segunda juventude de Quaresma, que a base é mais fraca. No Benfica, o esforço em nome de um plantel de sonho só durou meia época. Mais valia ter vendido em agosto, evitando a oscilação a meio do percurso, mas na Luz este tipo de opção, entre vitórias e negócios, também já é um clássico.
Fonte: Carlos Daniel@DN
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