segunda-feira, agosto 22, 2011

Os 2 pontos fracos deste Benfica

O Benfica iniciou esta época com dois jogos que aparentemente deviam ser fáceis e tinham tudo para isso, disputando esses 2 jogos frente a duas equipas promovidas da II Liga, esperava-se que não existe-se qualquer tipo de complicações e que fosse possível apresentar um futebol ofensivo, que domina-se de forma fácil cada um desses opositores. E de certa forma assim, nessas duas partidas, o Benfica conseguiu entrar bem no jogo, apresentar um futebol de ataque, que apresentava as naturais limitações de inicio de época, mas que domina as partidas e permitiram colocarem-se em vantagem com a naturalidade esperada.

 

O que não se esperava era o que se seguiu, depois da equipa se colocar em vantagem, perante os golos marcados e a diferença entre as equipas, os jogadores do Benfica acabaram por se acomodar e descansaram sobre o resultado. É normal isso acontecer, especialmente quando pelo meio existem jogos para as competições europeias, a equipa começou a gerir o esforço, deixaram de pressionar e baixaram o ritmo competitivo. Até aqui, podemos dizer que se perde o espectáculo, mas que estando em vantagem é da responsabilidade do adversário procurar recuperar essa vantagem, ao Benfica restava manter o controlo do jogo e da vantagem.

 

Enquanto que o Benfica reduzia o seu ritmo do jogo, os adversários mantinham o ritmo com que defrontaram o Benfica até aos golos, perante isto os adversários foram explorando os espaços deixados pelo Benfica e tem sabido aproveitar as eventuais desatenções e erros cometidos pelos jogares do Benfica. Que tem originado em golos sofridos em quase todos os jogo e na perda de pontos.

 

Este é o primeiro ponto fraco do Benfica, a falta de mentalidade vencedora que lhes permite gerir o jogo durante os minutos 90 sem baixar os braços, sem deixar de pressionar, de continuar a segurar a bola. De não trabalhar simplesmente para os lances bonitos para a fotografia, mas o de segurar o adversário na sua própria defesa. A equipa precisa de manter-se concentrada durante os 90 minutos e jogar como um todo, de forma a evitar erros que jogo após jogo resultam em golos sofridos.

 

O segundo ponto fraco do Benfica, reside na distribuição dos jogadores em campo, em especial do meio-campo. Já muito se bateu no Jorge Jesus por deixar a defesa do meio campo apenas entregue a um jogador (neste caso Javi Garcia). Mas o problema vai muito mais além disso, os jogadores que jogam a frente do Javi, jogam muito, mas muito a frente dele, o Nolito joga avançado no terreno junto a defesa adversaria movimentando-se para a pequena área adversaria, o Gaitan joga entre o corredor direito e as costas dos avançados, resta apenas ao Pablo Aimar em fazer o seu papel de "maestro", de vir buscar jogo atrás e de apoiar o Javi, tendo o Pablo Aimar de fazer "maratonas" todos os jogos entre os avançados e o médio defensivo. Já sabemos que o Aimar não consegue fazer 90 minutos com alta intensidade, a jogar desta maneira é natural que apenas face 45 minutos por jogo.

 

Este segundo ponto fraco tem sido aproveitado pelos adversários, que "povoam" o meio campo, aparecendo como no caso do jogo do Feirense, 3 jogadores a lutar contra o Javi Garcia, impedindo dessa forma da bola chegar junto dos avançados. A receita para resolver este ponto fraco é conhecida e já foi testada com êxito, é a colocação do Witsel ao lado do Javi Garcia, mas tendo em atenção que o Witsel não é um extremo direito, nem o Nolito pode recuar para apoiar o médio defensivo. Pelo que as tarefas defensivas no meio campo devem ser entregues ao Javi Garcia (recuando para apoiar os centrais) e ao Witsel/Matic (podendo apoiar as acções ofensivas).

 

Depois as escolhas para compor o meio campo ofensivo são variadas, sendo que na esquerda o único lugar onde não existem duvidas que deve ser entregue ao Nolito (que num 4-4-2 pode substituir o Saviola), na direita considero que o melhor jogador para aquela posição é o Enzo Pérez (com mais experiencia e tecnicamente mais evoluído, mas que ainda não se encontra totalmente adaptado a equipa). Para o lugar de médio ofensivo, é onde existem um maior numero de escolhas de igual qualidade, podendo-se rodar o Pablo Aimar, Nico Gaitan e Bruno César.

 

Na frente, por muitas criticas que faça ao Cardozo, que não tem as características desejadas de um ponta-de-lança, mas que tem os resultados espectáveis que são golos, torna-o indiscutível a sua escolha directa para o onze. A seu tempo irá ter o Nelson Oliveira como concorrente ao seu lugar.

 

Neste modelo táctico não há lugar para outro avançado, podendo entrar numa segunda parte do jogo para segurar os adversários ou pressionar adversários mais complicados. Mas neste caso não faz sentido fazer entrar um 2º avançado para sacrificar um jogador do meio campo (neste caso Witsel/Matic), terá de se optar pelo modelo brasileiro de 4-2-2-2, mantendo os dois médios ofensivos, com 2 avançados e colocando 2 médios ofensivos sem posição fixa (movimentando-se nas costas dos avançados pelas varias zonas do campo).

 

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