O Benfica tem de protestar veementemente. Isto, claro está, se quiser cumprir com o mínimo de dignidade os procedimentos formais de despedida do velho sonho do ‘tri’ desvanecido, assim o parece, na noite madeirense da última terça-feira. E, para cúmulo, em perfeitas condições meteorológicas: céu estrelado, visibilidade aguda, temperatura amena, ausência de vento e um relvado em condições aceitáveis para palco do tal jogo em atraso da 7ª jornada.
O resultado quedou-se num 0-0 péssimo para as pretensões benfiquistas. Mesmo assim, é caso para se dizer que foi melhor o resultado do que a exibição. E já é concluir muito sobre a estrondosa nulidade do futebol posto em prática pelos bicampeões nacionais na Choupana, facto indesmentível que mais alimenta a confrangedora suspeita de que não passou de um acaso, daqueles em que o futebol fértil, a saborosa vitória alcançada no Calderón madrileno por finais de setembro em jogo da Liga dos Campeões, que é outra louça.
Internamente, porém, não se passa um dia sem que este benevolente Benfica não dê trunfos aos seus inimigos que são muitos e andam superlativamente atiçados. Tomemos o exemplo da atual direção da Liga renascida do pacto de não-agressão Porto-Sporting – perante a qual o Benfica tem de se impor até no miserável pormenor dos horários dos jogos para obstar à conspiração em marcha que visa, para já com sucesso, afastá-lo de qualquer hipótese de revalidação do título.
É sabido que o treinador contratado pelo Benfica é bem superior ao seu antecessor em termos gramaticais, o que de nada nos tem valido porque em termos de substância tem vindo a resvalar de forma quase acintosa ainda que sincera. Na semana passada, por exemplo, comunicou à imprensa e, consequentemente ao país, que vive "intensamente" o Benfica "das 8 da manhã às 8 da noite". É pouco, míster! É muito pouco e é perigoso porque, sabendo disto, a Liga marcou logo maldosamente o jogo com o U. Madeira para as 9 da noite e foi o que se viu.
A boa notícia é que o Benfica joga amanhã com o Rio Ave às 4 da tarde por respeito ao horário de expediente do seu treinador. Amanhã, portanto, só pode correr bem.
Sousa ainda a presidente da Liga
Pedro Proença e Olegário Benquerença foram os últimos árbitros portugueses a atuar em fases finais de torneios internacionais de gabarito. Ambos foram donos e senhores de carreiras mais do que polémicas no país que os viu nascer, protagonizando casos e decisões – algumas bem chocantes – que definiram títulos e outras honrarias de trazer por casa. No entanto, para lá de Badajoz, ambos construíram carreiras apreciáveis e constituíram-se merecidamente como o orgulho da arbitragem nacional.
Ficou-se a saber esta semana que não haverá árbitros portugueses na fase final do Euro 2016. Trata-se, manifestamente, de uma injustiça feita a Jorge Sousa. Só neste primeiro terço de época, o portuense já protagonizou internamente aquela dose apreciável de decisões chocantes que, segundo reza a tradição, fazem progredir a carreira internacional dos nossos piores-melhores árbitros. A arte de Sousa não chegará a França no próximo verão. Mas pode ser que chegue para um dia ser líder da Liga.
Sobe e Desce
Sobe
Doutor sim, mas karamba - Eduardo Barroso
Notável capacidade adivinhatória do Dr. mais famoso do país num desportivo: "Se tirarmos o Benfica da Taça, o Braga faz o resto."
Jornalismo de referência - Sport TV
Avançar com o clube do árbitro no lugar da Associação a que pertence é um saudável atrevimento informativo. Isto promete.
Desce
Conspiração internacional - Marcano
Eis o momento em que o pezinho de Marcano, a subir, afasta definitivamente o árbitro Jorge Sousa da fase final do Euro 2016.
Pérola
"Estamos a guardar os golos para uma ocasião especial", Paulo Fonseca
Fonte: Leonor Pinhão @ correio da manha
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