O Marítimo despediu Mário Rozário, jogador que há dois anos ia sendo titular e a quem, entenderam os responsáveis, a braçadeira de capitão assentava bem, quando necessário. Ponto.
A notícia parece ter morrido no próprio dia, mas há motivos suficientes para despertar atenções. Afinal, foi o presidente do Marítimo quem a deu ao defesa brasileiro voltar a vestir a camisola do clube:
«Houve uma quebra de confiança relativamente às suas prestações nos últimos tempos».
Ora, a ver se eu entendo: o Márcio Rozário jogou mal nos últimos jogos e, por isso, mandaram-no embora.
Curioso, e porque não queria confiar apenas na minha memória, deitei-me a ler o que fez Márcio Rozário recentemente. Gil Vicente-Marítimo (1-1) - cometeu penalty e foi expulso quando a sua equipa vencia por 1-0; uma semana antes, no Marítimo-Sporting (1-3) - cometeu penalty aos 2 minutos sobre Mané e quando o jogo estava empatado 1-1 fez o corte na área para a frente, aproveitado por William Carvalho para marcar o segundo golo.
Reli as palavras do presidente do Marítimo - «Houve uma quebra de confiança relativamente às suas prestações...» - e fico com dúvidas que me parecem relevantes.
Se o normal quando um jogador está num mau momento de forma é mandá-lo para o banco ou até nem convocá-lo, então despedi-lo e informar que ele não voltará a vestir a camisola do clube é algo que merece ser olhado com atenção, estamos de acordo?
Suspeitará o presidente do Marítimo de algo que não quis verbalizar? Saberá Carlos Pereira algo que tenha querido manter privado? Como terá sido a «conversa franca» que disse ter tido com o jogador? Enquanto não houver cabal esclarecimento destas questões, todas as interpretações serão possíveis.
Existe suspeições enquanto não houver respostas. Mas prelos vistos ninguém quer saber disto...
Fonte: Nuno Perestrelo@A Bola
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