quarta-feira, abril 29, 2009

POUS fora da Europa

"A proibição dos despedimentos e a saída de Portugal da União Europeia (UE) são as principais bandeiras do Partido Operário de Unidade Socialista (POUS) para a campanha rumo às eleições europeias de 7 de Junho." in Publico

Se querem Portugal fora da União Europeia, porque razão concorrem ao parlamento europeu ?
Tacho ? Puro engano nas eleições ?

E que tal criar um partido com ideias credíveis ?


2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Soares Kafe

Sou membro da RUE - Comissão Nacional pela Ruptura com a União Europeia e faço parte da lista do POUS para as eleições para o parlamento europeu. Como tal sinto-me capaz de responder à sua questão: estamos nestas eleições (a RUE como apoiante da lista do POUS) não no interesse de ser eleitos para o Parlamento Europeu, aliás um orgão com o qual não nos identificamos por ser apenas uma fachada "democrática" para ocultar a verdadeira falta de democracia do conjunto das instituições europeias (Comissão Europeia - alguém elegem Barroso? - e Banco Central Europeu - defensor dos interesses norte-americanos e da alta finança). O que nos move é a campanha em si e a possibilidade que nos dá de dizer aquilo que as pessoas pensam mas que nenhum partido político lhes diz: dizer publicamente, nos orgão de comunicação social, que o governo pode e deve criar uma lei que proíba os despedimentos; dizer às pessoas o que são as intituições europeias, para que foi criada esta superestrutura e com que intenções; que interesses defende, como procura sobrepor as suas directivas às leis nacionais. Não temos quaisquer expectativas na capacidade do Parlamento Europeu, não acreditamos na possibilidade de romper com as políticas da UE estando dentro da UE (o que nos distingue do PCP e de outros partidos que falam de "ruptura" mas que efectivamente não desejam a ruptura efectiva). Temos a convicção de que sendo os ataques da UE transversais a todas as nações, procurando destruir as suas estruturas (produção, agricultura, ensino, serviços públicos,...), os povos hão-de fazer uma resistência (já a estão a fazer um pouco por toda a parte e Mário Soares sabe disso e não se cansa de avisar!), também ela transversal, e juntos hão-de encontrar a forma de se organizar para uma verdadeira cooperação.

Como me parece muito mal informado, aconselho uma visita ao nosso blogue: http://rueportugal.wordpress.com/

Cumprimentos

PM

RMSoares disse...

No seu comentário disse :

“não no interesse de ser eleitos para o Parlamento Europeu”
- Julgo que não defendem o “orgulhosamente sós” por isso não querem ficar fora da Europa, podem não concordar com a actual politica do PE, mas o melhor caminho para lutar contra as politicas do PE (com as quais não concordam) ,talvez seja o de serem eleitos e lutarem contra essas politicas no próprio PE, não acha ?
- Desculpe mas o comportamento parece o típico tuga que critica tudo e todos, mas ir lá para mudar as coisas, já não tem tempo.

“aliás um orgão com o qual não nos identificamos”
- vão concorrer a algo com o qual não se identificam, o que é um grande contra-censo .
- Vão concorrer apenas para ter tempo de antena e passar uma mensagem, isso significa o vosso departamento de comunicação (devem ter alguém responsável) talvez não esteja a conseguir passar a mensagem no dia a dia da sociedade Portuguesa.


“Não temos quaisquer expectativas na capacidade do Parlamento Europeu, não acreditamos na possibilidade de romper com as políticas da UE estando dentro da UE ... Temos a convicção de que sendo os ataques da UE transversais a todas as nações, procurando destruir as suas estruturas … os povos hão-de fazer uma resistência… também ela transversal, e juntos hão-de encontrar a forma de se organizar para uma verdadeira cooperação.”
- Dentro da união europeia nada se pode fazer para mudar as suas politicas, mas fora da EU os povos “juntos hão-de encontrar a forma de se organizar para uma verdadeira cooperação”. Mais uma vez volto a dizer - Mas o melhor caminho para lutar contra as politicas do PE com que não concordam , não seja o de serem eleitos e lutarem contra essas politicas no próprio PE ?
- Ou a vossa solução passa por criar uma nova comunidade ?


Quanto aos vossos 2 objectivos, acabam por ser confusos e digo isto como um cidadão comum que desconhece o vosso partido, as vossas ideias e que lê o vosso manifesto.

O 1º objectivo, “uma Lei proibindo todos os despedimentos”, é uma proposta muito “bonita”, ninguém quer que os trabalhadores fiquem desempregados, mas é um instrumentos (extinção de postos de trabalho, lay-off, etc) que as empresas tem para fugir as dificuldades financeiras das mesmas (a crise é apenas um grande chapéu onde se colocam todos os problemas), mas se os gestores não poderem reduzir e eliminar áreas deficitárias das empresas, a alternativa passa por fechar as próprias empresas por insolvência.

O 2º objectivo de “um Governo que, mobilizando todos os recursos do país para salvar a economia nacional”, mais um proposta de âmbito nacional numa eleição europeia. A proposta é vaga sobre o que fazer, quais as acções a realizar ?
“pôr em prática políticas de cooperação solidária com os outros povos da Europa”, sair da Europa para criar politicas de cooperação com os outros povos da Europa, isso não pode ser feito na própria EU ?
“lançar as bases para a construção da União livre das nações soberanas de toda a Europa.”, ou seja sairá da EU, para criar uma nova união ?

Mais uma vez volto a dizer - Mas o melhor caminho para lutar contra as politicas do PE com que não concordam , não seja o de serem eleitos e lutarem contra essas politicas no próprio PE ?
Todas essas ideias que propõem para essa “União livre das nações soberanas de toda a Europa” não podem ser propostas nestas eleições ?

Reconheço que desconheço o vosso partido e o respectivo manifesto, mas estou sempre receptivo em escutar novas e diferentes ideias, pelo que após ler o seu comentário consultei o vosso site e li o vosso manifesto. Continuo a não concordar com as vossas ideias e a não entender o motivo pelo qual se candidatam.
É sempre bom que existam vários partidos políticos, com diferentes opiniões, que exista oportunidade de ser escutadas e debatidas essas ideias, assim se faz a democracia.

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