terça-feira, abril 24, 2012

25 de Abril

Leituras para o feriado

Vamos lá pôr os pontos nos i e chatear os tristonhos pela ausência dos especialistas em transporte de cravos.


O 24-25 de Abril foi um golpe implementado por razões relacionadas com mordomias de alguns militares.

A reacção popular no dia 25 foi muito para além do esperado e o golpe transformou-se em revolução.
Pouco tempo depois o PCP tinha tomado posições no sentido de controlar a generalidade do estado e, em conjunto com a extrema-esquerda, tinha voltado a aplicar a censura e propaganda na generalidade dos órgãos de comunicação social. Chegou a haver pancadaria entre facções esquerdistas e a tomada de poder esquerdista na Rádio Renascença foi de tal ordem que o emissor de Lisboa (na Buraca, ode está agora o prédio da Agência Portuguesa do Ambiente) foi dinamitado para esvaziar a coisa e permitir a recuperação de controlo pelos legítimos proprietários. No jornal República houve pancadaria porque os tipógrafos afectos à UDP não queriam publicar o que a redacção entendia. ... este período entre o 25 de Abril e 25 de Novembro é sistemática e propositadamente mal contado nas salas de aula. Havia um ou outro órgão (variava no tempo) que iam conseguindo escapar a esta censura (antes do 25 de Abril também assim era). Foi nesse período que, se a memória me não falha, BBC voltou a emitir para Portugal para contrabalançar o engajamento da comunicação social ao PCP e à extrema-esquerda.

A democracia (ainda não formal) foi, de facto, apenas instituída com o 25 de Novembro de 1975. Só o golpe anti-esquerdista de 25 de Novembro de 1975 permito que os trabalhos da então assembleia constituinte continuassem de forma a ter-se aprovada (em Abril de 1976) a primeira versão da Constituição de Portugal do pós 25 de Abril. 

A democracia formal só chegou em Abril de 1977 com a primeira Assembleia da República eleita directa e universalmente.

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Ninguém mais que o PCP e a extrema esquerda foi contra o 25 de Abril. Ninguém como essas forças lutou para que não houvesse uma constituição cujos constituintes fossem eleitos directa e universalmente.

Não há pachorra para ler tanta mentira sobre o que foi o 25 de Abril e o que se lhe seguiu. Cunhal chegou a apostar com uma jornalista italiana que "nunca haveria democracia em Portugal".

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Já agora, honra lhe seja feita, foi Mário Soares que mais encarniçadamente lutou contra a esquerdalhada fascista do Pacto de Varsóvia e da revolução cultural maoista. 

Depois do 25 de Novembro, o PCP continuou sempre nas suas reuniões magnas a analisar ... O PREC. Já o muro de Berlim tinha derrocado e o PCP analisava ... O PREC!

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Após o 25 de Novembro a extrema esquerda pendurada na figura do cravista Otelo, formou as Forças Populares 25 de Abril e começou a assassinar portugueses a torto e direito.

Percebe-se assim o que vai na alma dos esquerdalhos que hoje se transformam em carpideiras do cravo.


Retirado do:  Fiel Inimigo






Os  ‘capitães de Abril” têm de facto pouco a ver com este regime. E eles são os principais beneficiários disso como bem se vê por esta fotografia que retirei do Sol e que é semelhante a tantas outras em que ao longo dos anos os “capitães” aparecem: cravo ao peito e todos irmanados no que designam por espírito de Abril. Mas quem lhes deu esse espírito foi precisamente este regime que eles não cessam de criticar por desvirtuar o tal Abril. Mas não fosse este regime que tanto criticam e muitos deles não estariam nesta e noutras fotografias.

Sejamos claros: de Abril de 1974 a Novembro de 1975 estes homens não só nunca conseguiram explicar o que era o espírito de Abril como acabaram trasnformados em chefes de milícias que olhavam para Portugal como uma espéce de recreio para eles brincarem com os seus carros de combate. À excepção de Melo Antunes e poucos mais não se percebia o que diziam e muito menos o que pensavam sendo que aquilo que diziam e pensavam era muito volátil. Governar era para eles fazer leis cheias de frases pomposas que depois passariam à prática por mecanismos que não lhes interessavam. Sabiam de guerra, arrumar homens no terreno mas não distinguiam a política da acção psicológica. Felizmente para nós e para eles que o país nunca cumpriu o que eles agora  dizem que então pensavam.
O país tem uma dívida para com os   ‘capitães de Abril”  e de Novembro mas estes têm também uma dívida para com o país que os salvou deles mesmos.

Retirado do: BLASFÉMIAS 






O 25 de Abril levou-nos do Fascismo ao Comunismo. Como podem ver no gráfico acima, simplesmente mudamos de totalitarismo. Cunhal, dadas as condições como foram dadas ao Salazar entre 1926 e 1933, tornar-se-ia tão tirânico como o antecessor. Substituia-se o Tarrafal pela Sibéria. Ui, a diferença… Fraco como o regime estava (como provado no 11 de Março), podia ter caído com um golpe à Espanhola, em que fosse instituído um regime democrático. Mas a Portugal tinha de sair a fava do Otelo…
Já o 25 de Novembro, levou do Comunismo à linha divisora do gráfico e à “alternância democrática” entre “Progressistas” e “Conservadores”. Um salto muito maior mas que, como quem ainda controla a “alma” do país é a esquerda, não se comemora.
Falta claro cumprir o sonho e, talvez num 25 de Dezembro, levar o país para o Libertarianismo, onde os políticos teriam um papel muito reduzido e se ocupassem apenas da representação militar/diplomática e da Segurança Social mínima (apenas para os “azarados”), deixando de esmagar a classe média.
O 25 de Dezembro parece-me menos provável do que o Natal. Mas pelo menos podia-se comemorar o 25 de Novembro e não o de Abril.

Retirado de : O Insurgente 

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