terça-feira, dezembro 27, 2011

Reflexão futebolística


A nível futebolístico o ano fica marcado por 3 acontecimentos
- o domínio avassalador do Barcelona em todas as provas importantes, com um super Messi que consegue superiorizar-se a tudo e a todos que se coloquem a frente da camisola blaugurana. A equipa do tic-tac continua a ter excelentes jogadores, que permitem praticar um futebol rápido ao primeiro toque com diversas desmarcações, que baralham qualquer adversário. Enquanto que o Barcelona tiver um maestro como o Xavi e Messi pode sonhar com tudo.

- A final europeia com 2 equipas Portuguesas, um feito que premeia os clubes Portugueses e o futebol ca do burgo. Não se pratica o melhor futebol do mundo, nem se tem grandes estrelas, mas temos acima de tudo treinadores inteligentes que conseguem gerir plantes acima da media e torna-los vencedores, estando Portugal a tornar-se uma referencia no mercado de treinadores.  Que fazem um trabalho de fundo na mentalidade dos jogadores que lhes permite responder da melhor forma nos momentos cruciais.

- um FCP que com as ajudas do costume, conseguiu ser superior aos percalços dos adversários. Que vem demonstrar que continua a dominar o futebol nacional ao emprestar treinadores, ao ter jogadores emprestados que se lesionam na véspera de jogarem contra o FCP, que tem dirigentes que vêem a terreiro defender a cabeça do polvo e árbitros habilidosos que conseguem encostar a concorrência do clube conectado com a corrupção. Com todas essas facilidades que transformam o campeonato numa competição de uma só equipa. Questiona-se porque não ganham mais vezes ? Pois folgados a nível nacional, conseguem pouparem-se e apresentarem a nível internacional mais “frescos” e com uma confiança em alta, que impressiona os adversários que ainda não conhecem os seus estratagemas.


Pelo meio Portugal foi vice-campeão de juniores, numa final perdida frente ao Brasil, em que qualquer equipa podia ter ganho. É mais um trabalho importante do treinador, que pegou em jogadores que andam esquecidos pelos clubes e afastados das primeiras linhas, tendo criado um grupo unido e trabalhador. Portugal acabou derrotado na final, mas foram vários os elogios aos jogadores, mas que continuam a ser promessas, terminado o campeonato do mundo voltaram aos seus clubes e anonimato. Além de 3 a 4 jogadores mais conhecidos por serem suplentes não utilizados nos principais clubes os restantes jogadores vão continuar a passar ao lado dos holofotes.
Falta quem trabalhe esses jogadores do ponto de vista técnico e mental, de forma a permitir os jogadores evoluir. Falta impor aos clubes limitações na utilização de estrangeiros de forma a apostarem em jogadores nacionais em vez de apenas apostarem em juniores em função da sua capacidade de rentabilidade financeira.

O Benfica falhou o seu principal objectivo o de revalidar o seu titulo de campeão nacional, não conseguindo ainda colocar um fim ao domínio do FCP e mostrar que o seu titulo não se deve a um fraco ano turístico dos árbitros. O Benfica foi sangrado de alguma das suas peças importantes (Ramires e Di Maria), que tinham sido fundamentais na conquista do titulo e não foi capaz de encontrar substitutos a altura. Sendo fundamental demonstrar a continua capacidade vencedora do Benfica, as saídas e entradas causam estragos. Aos dois que saíram no final da época anterior, juntaram-se o David Luiz e o Coentrão. Obviamente que permitiram um bom retorno financeiro, mas o custo das suas ausências no onze do Benfica, foi bastante prejudicial.

O maior flop do ano que termina foi sem duvida a do guarda-redes Roberto, que não demonstrou ter capacidade mental para estar num clube de top onde não é permitido cometer erros.
A confirmação é sem duvida a de Gaitan, que pela sua capacidade de explosão e criatividade consegue ser um jogador perigoso e determinante. Mas o melhor jogador tem sido o Pablo Aimar, que atravessa o seu melhor momento desde que chegou a Luz, tendo demonstrado que é fundamental no onze e que sem ele o onze anda perdido (o que é preocupante).

Na época em curso, o Benfica consegui reforçar-se passando a dispor de soluções para os vários desafios em que concorre, nota-se uma evolução no treinador JJ, quer no seu discurso e nas suas opções tácticas, que permitiu a equipa encarar os desafios com uma maior seriedade, responsabilidade e solidez. Face a época anterior o Benfica tem sem duvida um melhor banco do meio campo para a frente …, a defesa continua a ser o sector mais carenciado (precisamos de laterais e centrais).

A selecção nacional continua a ser a montra para os empresários e dirigentes amigos do Paulo Bento, lá colocarem os seus jogadores e os promoverem. Tem sido um desfilar de jogadores encalhados, que precisam de mudar de clube ou que precisam de gerar mais valias, sem que tenham categoria para envergar a camisola da selecção.

A nível nacional a podridão dos interesses a volta do futebol mantem-se, existe uma rede de interesses montada que abrange clubes, dirigentes e que agora se alastra a federação. Enquanto que nos outros países se faz a caça a corrupção, em Portugal premia-se com a entrega da presidência da federação.

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