quarta-feira, agosto 20, 2008

Primavera adiada

Faz hoje precisamente 40 anos que os tanques da União Soviética esmagaram os ventos de mudança da Primavera de Praga, liderada por intelectuais e apoiados pela população, foi o fim de um período de abertura e esperança. Perante as mudanças, a Rússia enviou tanques e tropas de países do Pacto de Varsóvia para acabar com essa ameaça à hegemonia política da União Soviética. Na noite de 20 para 21 de Agosto de 1968 sete mil tanques entraram na Checoslováquia.
O exército desmobilizou por ordem do poder, mas o povo continuou a lutar.
Na cidade de Praga a população reagiu a invasão soviética de forma não violenta, desnorteando as tropas. A organização quase espontânea foi em parte liderada pela cadeia de vários pequenos transmissores construídos às pressas por membros do exército checo e radioamadores, construindo a “Rádio Checoslováquia Livre”. Cada emissora transmitia instruções para a população por não mais que 9 minutos e depois saia do ar, dando o espaço para uma outra, impossibilitando assim a triangulação do sinal. As instruções eram para a população manter a calma e sobretudo não colaborar com os invasores. Os russos ainda tentaram trazer uma potente estação de rádio para criar interferências nos sinais, porém, os ferroviários checos com uma extrema negligência, atrasaram a entrega e quando a estação chegou ao seu destino estava inutilizável.
Os russos conseguiram uma ocupação total em poucas horas, porém chegaram a um impasse político, as diversas tentativas para criar um governo colaboracionista fracassaram e a população checa foi eficiente em minar a moral das tropas. No dia 23 iniciou-se uma greve geral e no dia 26 publicou-se o decálogo da não cooperação:
não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!

A paralisação dos comboios, interrompeu a comunicação com os países aliados e para evitar que os tanques chegassem até Praga, as placas foram invertidas e depois pintadas com uma tinta fácil de se raspar, quando os soldados raspavam as tintas para verem a indicação correcta, acabavam indo na direcção de Moscovo.
(fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_de_Praga)

Infelizmente a “voz” dos tanques foi superior ao voz do povo, que continuo a viver oprimido sobre o peso do império russo, que só voltaria a gritar liberdade anos depois a quando da queda do muro.

Foi a 19 anos que em Beijin (Pequim para nós) que na praça de Tiananmen foram arrasadas as vozes de mudança, lá a primavera continua a tardar em chegar, aos olhos do mundo a festa olímpica que se faz no “ninho do pássaro” faz esquecer todas as atrocidades cometidas a liberdade de um povo.
Já esta na altura desse mesmo povo fazer uma longa marcha, mas em sentido contrario, no sentido de terem a sua revolução pela liberdade, de forma a colocarem fim a oligarquia dominantes das ultimas 6 décadas

1 comentário:

Anónimo disse...

sem dúvida, o menino quis começar a brincar às guerrinhas de tabuleiro ou seja foi por demais evidente que afinal não está preparado parea viver em liberdade e democracia

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