Nos últimos anos muito se tem falado do hidrogénio como alternativa energética. Recentemente foi inaugurada em Portugal uma estação de abastecimento dedicada aos transportes públicos, um passo importante para testar esta tecnologia no terreno. Mas afinal, onde faz sentido apostar no hidrogénio? E até que ponto pode ser viável para os carros particulares?
- em Hamburgo, na Alemanha, já circulam autocarros a hidrogénio há vários anos
- em Pau, França, existe uma linha completa a funcionar
- no Japão começaram a operar comboios regionais movidos a células de combustível.
O entusiasmo inicial com carros a hidrogénio, como o Toyota Mirai ou o Hyundai Nexo, não se traduziu em vendas expressivas. A infraestrutura é reduzida, os custos de produção são elevados e a mobilidade elétrica a bateria ganhou clara vantagem em preço, rede de carregamento e eficiência. Apesar da vantagem do reabastecimento rápido, é pouco provável que o hidrogénio seja uma solução de massa para o automóvel particular.
Pontos positivos e negativos
A favor:
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Redução de emissões em transportes públicos e indústria pesada.
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Abastecimento rápido, semelhante ao dos combustíveis fósseis.
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Possibilidade de armazenar energia renovável em larga escala.
Contra:
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Produção de hidrogénio verde ainda cara e pouco eficiente.
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Rede de abastecimento muito limitada para veículos ligeiros.
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Mistura no gás natural só resolve parcialmente a descarbonização.
Conclusão
O hidrogénio não é uma solução milagrosa, mas pode desempenhar um papel fundamental onde outras tecnologias têm mais dificuldade: transportes públicos, indústria pesada e redes de gás. Para os carros de uso particular, a mobilidade elétrica a bateria continuará a liderar.
O importante é percebermos que a transição energética não terá uma única resposta. Haverá sempre um mix de soluções, e o hidrogénio pode ser uma das peças certas do puzzle, se for aplicado nos cenários adequados.
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