Que noite memorável para qualquer benfiquista!
O Benfica triunfou por 2-0 em Nice demonstrando classe, maturidade e uma enorme ambição europeia. A confiança cresce, mas o foco mantém-se firme para a 2.ª mão na Luz.
Entrámos com garra frente a um adversário motivado, mas mostrámos sempre superioridade. A posse de bola foi nossa (52.6% contra 47.4%), rematámos mais (14 contra 12), fomos mais eficazes na baliza (6 remates enquadrados, contra apenas 2 do Nice) e acertámos 86% dos passes, um sinal de maturidade e paciência na circulação. Fomos intensos nos duelos aéreos (55.6% ganhos), ganhámos mais cantos (6-4), mas cometemos mais faltas (14-9), revelando agressividade e compromisso em todo o campo.
Bruno Lage voltou a surpreender, optando por um onze com Ivanovic na frente e Aursnes a liderar transições. O bloco esteve sempre coeso, alternando entre pressão alta e resguardo estratégico. As substituições inteligentes, nomeadamente a entrada de Florentino, Barreiro e Henrique Araújo trouxeram energia e fecharam o jogo no momento certo. A equipa nunca se precipitou, demonstrando frieza e controlo até ao apito final.
O Nice tentou equilibrar o jogo, apostando na velocidade de Bouanani e Clauss nas alas e em Moffi na frente, mas foi bem controlado, só apareceram realmente perigosos num lance de Clauss no arranque da segunda parte. Sentiu dificuldades nas transições defensivas e nunca conseguiu criar grandes oportunidades diante de Trubin, à exceção de alguns lances de bola parada.
Destaques Individuais
- Franjo Ivanovic: Estreia a titular e logo a marcar! Mostrou faro de golo, movimentou-se bem entre linhas e ainda quase bisava.
- Florentino: Entrou para fechar o meio-campo e acabou a marcar um golaço, garantindo conforto para a segunda mão.
- Fredrik Aursnes: Fez a assistência para o 1-0 e foi incansável nas tarefas defensivas e ofensivas.
- Anatoliy Trubin: Seguro entre os postes, decisivo nas saídas e nos poucos remates enquadrados do Nice.
- Richard Rios: Discreto, mas eficaz como tampão no miolo, permitindo à equipa manter sempre o controlo.
Se no fim da época passada faltou consistência nos jogos fora ou criatividade no último terço, hoje vi uma equipa muito mais adulta, com rotação inteligente, menos nervosismo e mais capacidade para explorar as fragilidades do adversário, com uma clara evolução face à pré-temporada onde oscilámos entre exibições prometedoras e outras demasiado calculistas.
O 2-0 em França deixa-nos com um pé no play-off da Champions. Não sofremos golos, marcámos nos momentos-chave e, estatisticamente, fizemos um jogo muito completo. Esta vantagem permite gerir melhor o esforço na Luz, mas obriga a manter o foco: um deslize pode custar caro nesta fase da competição.
Pontos Fortes:
- Solidez coletiva e capacidade de decidir nos momentos-chave.
- Novas soluções no ataque a renderem frutos (Ivanovic decisivo).
- Gestão experiente da vantagem, com banco a fazer a diferença.
A corrigir:
- Faltou rapidez na circulação de bola em alguns momentos (podemos acelerar mais).
- Alguma precipitação em saídas curtas e passes sob pressão na 1.ª parte.
- Reduzir o número de faltas cometidas para evitar bolas paradas perigosas.
Na Luz, quero ver o meu Benfica com a mesma intensidade, humildade e confiança! Temos tudo para seguir em frente, mas o adversário vai tentar reagir. Cabe-nos a nós, equipa e adeptos, transformar o Estádio da Luz num inferno positivo, fechar cedo a eliminatória e mostrar que estamos prontos para voos bem altos na Europa.
Somos Benfica, juntos, ninguém nos para!
Somos Benfica, juntos, ninguém nos para!
Reduzimos o adversário ao silêncio na sua casa, agora é hora de garantir o sonho europeu perante a nossa família encarnada. Rumo à próxima fase!
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