segunda-feira, janeiro 04, 2016

Não é um finalmente qualquer

Esta noite há um clássico. Jogam entre si os dois primeiros classificados do campeonato. No fim do jogo, venha o que vier, continuarão a ser os dois primeiros classificados ainda que possam trocar de posições. Como, aliás, aconteceu na jornada anterior ao Natal, quando o Sporting passou do primeiro para o segundo lugar não só por tradição mas também por maldade.
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Por maldade, sim. Porque obrigar o desacreditado Julen Lopetegui a entrar na sua casa do Lumiar na condição de líder isolado da Liga é um abuso psicológico sobre o treinador adversário. É também colocar todo o Porto em polvorosa perante a iminência de uma qualquer 'invenção' de última hora que venha a revelar-se fatal para as contas do título. É que foi preciso esperar pela 14.ª jornada para que as ditas contas parecessem bem encaminhadas, finalmente. E não é um finalmente qualquer. Trata-se de um grande, de um enorme finalmente.

Aconteceu que ao cabo de quase dois anos e meio a dirigir o Porto, Lopetegui conseguiu levar a equipa por si comandada ao primeiro lugar isolado da tabela. Do lado dos azuis conhecedores da sua História, alguém aceita que este estado de graça possa só durar uma jornada?

Já do lado do Sporting, toda a gente aceita. A derrota na Madeira frente ao União foi obviamente 'estratégica' porque o discurso tinha de mudar para ser efectivo, "ponto". Da eloquência sobre os rivais "atrofiados" passou-se então modestamente para a conversa dos rivais "principais favoritos". Bem traduzido, é o mesmo do que mandar dizer ao Porto que esta noite, por obséquio, o peso inteiro da responsabilidade assenta nas costas do seu treinador às costas do seu presidente. Vai estar muito material em jogo logo à noite.

Este ano toda a gente quer ganhar a Taça da Liga. No lançamento da primeira jornada, antevendo o jogo com o Paços de Ferreira, o Sporting afirmou-o pela voz do seu treinador - "é uma competição que queremos vencer" - e pela voz do seu presidente - "só a vitória interessa". O Benfica não necessitou de professar nada sobre o assunto porque esteve sempre interessado na Taça da Liga, embora se tenha visto aflito para ganhar ao Nacional. Já pelo Porto falou o seu presidente, garantindo que "em virtude do esforço de Pedro Proença" iria pela primeira vez "prestar atenção à Taça da Liga". 
O problema foi o Marítimo ter desalinhado.


Fonte: Leonor Pinhão @ Record

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