terça-feira, dezembro 08, 2015

Nem quinhentos Lopeteguis

O próximo clássico desta Liga é o Sporting-Porto marcado para 2 de janeiro. O Porto dispõe de quase um mês para se manter em silêncio assistindo, encantado, ao desfile de comunicados bélicos e de ações judiciais entre a Luz e Alvalade. Bem ponderado silêncio na justa expectativa de recolher em seu benefício os despojos do conflito que, avassalando a Segunda Circular, avassala também o País.

Do ponto de vista da política tudo corre maravilhosamente para o Porto. E, se quisermos aprender com a História, este é o seu ano de voltar a ser campeão. O presidente do Sporting faz- -lhe o serviço de se atirar ao Benfica de manhã à noite, fragilizando o bicampeão mas debilitando, inevitavelmente, as suas próprias forças à pala de tanto espernear. No aproveitar destas barulheiras alheias residiria a vantagem de um Porto impassível na corrida para o título de 2015/2016. 

Aliás, foi nas mesmas circunstâncias que o impassível Sporting foi campeão em 2000 e que o impossível Boavista – imagine-se! – fez o mesmo em 2001. Em Alvalade e no Bessa soube-se então aproveitar as hostilidades que o presidente do Benfica, à época João Vale e Azevedo, movia ao Porto e à Olivedesportos. Diz-nos a tradição que nestas campanhas acabam sempre desgastadas as partes envolvidas. 

Assim sendo, o Porto já devia ir na frente do campeonato com largo avanço sobre os exauridos de Lisboa. Mas não vai. A realidade é que o clube de Pinto da Costa segue atrás do clube de Bruno de Carvalho. E em porfiado silêncio. Nem na recente Gala dos Dragões de Ouro ousou o presidente do Porto romper o mutismo tático, certamente na convicção de que a 2 de janeiro, em Alvalade, o assunto será resolvido a seu favor tal como vem descrito nas Escrituras. 

Ainda que cometa a proeza de perder o campeonato pelo terceiro ano consecutivo em circunstâncias históricas extraordinariamente favoráveis, Pinto da Costa pode contar que será o campeão de 2016/2017. Com Benfica e Sporting rebaixados pela Justiça, condenados infamemente a lutar pelo título da II Divisão como a imprensa anuncia, nem quinhentos Lopeteguis conseguirão roubar mais um campeonato ao Porto. 


Outras histórias 
Um balneário que é mais um presépio 
Ainda não se chegou ao Natal e no balneário de Soares Dias já estiveram Julen Lopetegui, no intervalo do jogo com o Benfica, e Jorge Jesus, no fim do jogo com o Belenenses. Não foram apresentar reclamações. Nem podiam porque não se trata de um balneário. É mais um presépio aberto a adoradores. Lopetegui, por exemplo, adorou que Soares Dias não tivesse castigado Maicon pelo seu excesso de vigor sobre Jonas. E Jesus terá adorado que o mesmo árbitro não mandasse repetir o penálti da vitória em função do excesso de pessoal não autorizado dentro da área. Fazendo fé no que se lê nos jornais, conclui-se que o único treinador que ainda não entrou pela cabina do árbitro Soares Dias foi o do Benfica. Honra lhe seja feita, embora de nada lhe valha a contenção. A sua equipa segue no terceiro lugar a uma distância desconfortável dos rivais e, a manter-se a tendência, não tardará Rui Vitória a ver-se acusado de não visitar balneários em prol da modernidade. Neste capítulo, a concorrência anda muito desleal. 

Sobe e Desce 
Sobe: 
Cristiano Ronaldo - Explicações a menos 
Acusado em Madrid de passar a vida em Rabat ao "colinho" do amigo Hari, o nosso melhor do Mundo não dá troco a invejosos. 

Desce: 
Tonel - Explicações a mais 
Protagonizou em campo um momento vulgar que não o deslustra mas excedeu-se em pormenores na explicação do lance. 

Bruno Paixão - Sem dar explicações 
Mão a subir com cartão vermelho, sem dar explicações ao portista Osvaldo no jogo da Madeira. Assim se constrói uma reputação. 

Pérola 
"Os outros serão sempre... os outros", Tonel


Fonte: Leonor Pinhão @ correio da manha

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