Uma carnificina em plena cidade-luz. A banalidade iraquiana desta vez ocorreu na Europa, afinal depois da Atocha, depois do "charlie-hebdo", os ataques terroristas não estão limitados a Síria ou ao Iraque. Atinge-nos e deixa de ser banalidade que passa nos telejornais. O terror, antes só em Bagdade ou em Kabul, globaliza-se com displicência.
Ontem, no final de uma semana de trabalho, enquanto gente inocente conviviam na noite parisiense, sem saberem porque nem como foram assassinados de uma forma brutalmente cobarde. O horror instala-se e tememos que tenha vindo para ficar.
"allahu akbar" significa matar em nome de um Deus ? Se os ataques efectuados pelo estado islâmico são condenados pelos países islamitas, porque razão esses países não combatem o próprio estado islâmico ? Se o ocidente acolhe os refugidos-económicos que fogem ao estado islâmico, porque razão não se corta o mal pela raiz e se combate o estado islâmico no seu próprio terreno ?
Em breve iremos ouvir falar que os terroristas eram islamitas nascidos em França que tinham aderido ao estado islâmico, que afinal não são terroristas que vêem misturados nos refugidos-económicos. Assim o problema (tal como no 11/09) não esta na ameaça terrorista que vêem de fora, mas sim de terroristas que nasceram e cresceram no meio dessas pessoas que foram assassinadas. A sociedade falhou ao deixar que estes jovens islamitas se transformassem em terroristas e cabe ao estado combate-los dentro de portas, nos seus próprios países, educando-os e prevenindo que eles se transformem em terroristas.
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