Ainda mal refeitos da partida de Eusébio, somos confrontados com a partida de Coluna. Início de ano ingrato para a história de um clube que faz hoje mesmo 110 anos.
Em 110 anos de história, Coluna e Eusébio serão seguramente, com Cosme Damião, as figuras maiores.
No caso de Coluna custa ver partir o ex-jogador, o Monstro Sagrado, mas sobretudo o Senhor. Senhores fazem sempre falta, porque rareiam. Coluna era muito mais que um bicampeão europeu ou um decacampeão nacional. Coluna foi durante décadas não um senhor, mas o Senhor. Este ano todos os títulos são poucos para homenagear a história e os que partiram.
Sete pontos de vantagem sobre o principal adversário e cinco sobre o rival de respeito, são motivo de satisfação mas não são ainda definitivos. Embora pareça que a vantagem pontual não seja, desta vez, pontual. Não nos poderemos distrair com supostas crises de adversários. Um Benfica competente e alheado do ruído mediático à volta de terceiros ganhará com mérito e justiça. Qualquer outro caminho é desinteressante, erróneo e errático. Ser Campeão Nacional é prioritário mas Turim, Jamor e Leiria são também objectivos.
O Benfica conseguiu uma vitória tranquila sobre o PAOK e beneficia do apuramento do FC Porto. O calendário preenchido para ambos.O Tottenham é muito superior ao PAOK, mas uma vitória sobre os ingleses põe Turim muito perto. Jorge Jesus tem uma oportunidade de acabar com a maldição inglesa. Liverpool e Chelsea, duas vezes, nos últimos quatro anos, são uma estatística para abater. White Hart Lane é um palco cuja história merece o melhor Benfica.
Fonte: Sílvio Cervan @A Bola
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