Acabei de saber que foram oferecidos bilhetes para a Eusébio Cup a sócios que não se deslocaram ao estádio na época passada... Há quem refira que esta é uma medida que visa despertar o interesse dos sócios nas idas ao estádio mas, a meu ver, o que se passou, e não é a primeira vez, foi um falhanço da previsão de interesse no jogo. Depois, para compor a casa, tenta-se encontrar uma solução que possa ser eventualmente benéfica no futuro.
Tanto para nós, os do Red Pass, como para os emigrantes, a lógica é o convencimento que estamos garantidos pois o Benfica não vemos o Benfica jogar na Luz há muito tempo. Então toca de puxar pelo preço para rentabilizar a receita ao máximo. Repare-se que o meu bilhete, que até nem é dos mais caros, e é num sector que não tem a possibilidade do Red Pass Total, custou-me 15€, o mesmo que para os oitavos-de-final da Liga Europa, salvo erro. É de loucos, mas eles sabem que eu sou louco e que, pelo histórico, posso pagar.
Mas a previsão de vendas deverá ter saído errada e levou a uma medida de recurso como esta. O que, para mim, é ainda mais grave. Eu não gostaria desta medida mesmo que fosse estratégica, mas pelo menos aceitá-la-ia melhor caso fizesse parte de um plano para o aumento da média de espectadores ao longo da época. Mas nem isso. É uma medida avulsa para colmatar o desinteresse generalizado pelo jogo e que comprova, pela enésima vez, que não existe a preocupação, em quem dirige o SLB, de dinamizar a vida associativa. Nós, os sócios, no actual modelo de gestão do SLB, somos unicamente variáveis que representam um encaixe financeiro assegurado. Somos clientes.
Compreendo, no entanto, que o associativismo seja diferente do que foi até há uns vinte anos... Mas há uma diferença enorme nos posicionamentos que uma direcção poderá ter perante essa evolução. Pode combatê-la, adaptar-se ou puxar por ela. Esta direcção (presidência) puxa por ela...
Este é, para mim, o principal problema do SLB na actualidade. Não é uma questão tão sexy como o posto de treinador, as eventuais saídas de jogadores ou mesmo o passivo... Mas é uma questão estrutural, que se poderá revelar bastante prejudicial a médio/longo prazo. Só uma base muito forte permitirá que o clube passe por maus momentos. Quando formos somente uma máquina de fazer dinheiro e esta, por qualquer razão, emperrar, o clube correrá o risco de definhar para sempre.
Por incómodo que se possa tornar, o clube, ao invés de associados, precisa de mais associativismo...
Fonte: Benfiquistas desde pequeninos
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