Feher - Tatabánya, 20 de julho de 1979 — Guimarães, Portugal, 25 de janeiro de 2004 |
Os 15 jogadores do plantel que viveram aquela tragédia e os outros que perceberam rapidamente a dor imensa, lembraram sempre a memória do Miki, nos momentos difíceis da época. Era qualquer coisa que vinha cá de dentro e não se explicava. Era uma força mágica que nos corria o corpo e nos fazia esgotar o fôlego, superar a dor, dilatar as forças e enfrentar todas as dificuldades. Para ser sincero - posso dizê-lo agora porque ninguém descobriu antes - o Benfica jogou sempre à margem dos regulamentos neste campeonato: jogámos com 12 e ninguém viu!
Quando Pedro Henriques apitou para o final do jogo no Bessa, ninguém viu mas o Miki andava aos pulos e aos gritos no relvado. Ninguém viu mas ele encharcou toda a gente com repuxos de champanhe. Ninguém viu mas ele abraçou os colegas, um a um. Ninguém viu mas ele deixou rolar as lágrimas pelo rosto, com aquele sorriso inesquecível. O Miki fez questão de morrer a sorrir porque já previa este desfecho.
SIMÃO SABROSA
Fonte: Blog GeraçãoBenfica
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