A nível
futebolístico o ano fica marcado por 3 acontecimentos
- o domínio
avassalador do Barcelona em todas as provas importantes, com um super Messi que
consegue superiorizar-se a tudo e a todos que se coloquem a frente da camisola
blaugurana. A equipa do tic-tac continua a ter excelentes jogadores, que
permitem praticar um futebol rápido ao primeiro toque com diversas
desmarcações, que baralham qualquer adversário. Enquanto que o Barcelona tiver
um maestro como o Xavi e Messi pode sonhar com tudo.
- A final
europeia com 2 equipas Portuguesas, um feito que premeia os clubes Portugueses
e o futebol ca do burgo. Não se pratica o melhor futebol do mundo, nem se tem
grandes estrelas, mas temos acima de tudo treinadores inteligentes que
conseguem gerir plantes acima da media e torna-los vencedores, estando Portugal
a tornar-se uma referencia no mercado de treinadores. Que fazem um trabalho de fundo na mentalidade
dos jogadores que lhes permite responder da melhor forma nos momentos cruciais.
- um FCP que com
as ajudas do costume, conseguiu ser superior aos percalços dos adversários. Que
vem demonstrar que continua a dominar o futebol nacional ao emprestar
treinadores, ao ter jogadores emprestados que se lesionam na véspera de jogarem
contra o FCP, que tem dirigentes que vêem a terreiro defender a cabeça do polvo
e árbitros habilidosos que conseguem encostar a concorrência do clube conectado
com a corrupção. Com todas essas facilidades que transformam o campeonato numa
competição de uma só equipa. Questiona-se porque não ganham mais vezes ? Pois
folgados a nível nacional, conseguem pouparem-se e apresentarem a nível
internacional mais “frescos” e com uma confiança em alta, que impressiona os
adversários que ainda não conhecem os seus estratagemas.
Pelo meio
Portugal foi vice-campeão de juniores, numa final perdida frente ao Brasil, em
que qualquer equipa podia ter ganho. É mais um trabalho importante do
treinador, que pegou em jogadores que andam esquecidos pelos clubes e afastados
das primeiras linhas, tendo criado um grupo unido e trabalhador. Portugal acabou
derrotado na final, mas foram vários os elogios aos jogadores, mas que
continuam a ser promessas, terminado o campeonato do mundo voltaram aos seus
clubes e anonimato. Além de 3 a 4 jogadores mais conhecidos por serem suplentes
não utilizados nos principais clubes os restantes jogadores vão continuar a
passar ao lado dos holofotes.
Falta quem
trabalhe esses jogadores do ponto de vista técnico e mental, de forma a
permitir os jogadores evoluir. Falta impor aos clubes limitações na utilização
de estrangeiros de forma a apostarem em jogadores nacionais em vez de apenas
apostarem em juniores em função da sua capacidade de rentabilidade financeira.
O Benfica falhou
o seu principal objectivo o de revalidar o seu titulo de campeão nacional, não
conseguindo ainda colocar um fim ao domínio do FCP e mostrar que o seu titulo
não se deve a um fraco ano turístico dos árbitros. O Benfica foi sangrado de
alguma das suas peças importantes (Ramires e Di Maria), que tinham sido
fundamentais na conquista do titulo e não foi capaz de encontrar substitutos a
altura. Sendo fundamental demonstrar a continua capacidade vencedora do
Benfica, as saídas e entradas causam estragos. Aos dois que saíram no final da
época anterior, juntaram-se o David Luiz e o Coentrão. Obviamente que permitiram
um bom retorno financeiro, mas o custo das suas ausências no onze do Benfica,
foi bastante prejudicial.
O maior flop do
ano que termina foi sem duvida a do guarda-redes Roberto, que não demonstrou
ter capacidade mental para estar num clube de top onde não é permitido cometer
erros.
A confirmação é
sem duvida a de Gaitan, que pela sua capacidade de explosão e criatividade
consegue ser um jogador perigoso e determinante. Mas o melhor jogador tem sido o
Pablo Aimar, que atravessa o seu melhor momento desde que chegou a Luz, tendo
demonstrado que é fundamental no onze e que sem ele o onze anda perdido (o que
é preocupante).
Na época em
curso, o Benfica consegui reforçar-se passando a dispor de soluções para os
vários desafios em que concorre, nota-se uma evolução no treinador JJ, quer no
seu discurso e nas suas opções tácticas, que permitiu a equipa encarar os
desafios com uma maior seriedade, responsabilidade e solidez. Face a época anterior
o Benfica tem sem duvida um melhor banco do meio campo para a frente …, a
defesa continua a ser o sector mais carenciado (precisamos de laterais e
centrais).
A selecção
nacional continua a ser a montra para os empresários e dirigentes amigos do Paulo
Bento, lá colocarem os seus jogadores e os promoverem. Tem sido um desfilar de
jogadores encalhados, que precisam de mudar de clube ou que precisam de gerar
mais valias, sem que tenham categoria para envergar a camisola da selecção.
A nível nacional
a podridão dos interesses a volta do futebol mantem-se, existe uma rede de
interesses montada que abrange clubes, dirigentes e que agora se alastra a
federação. Enquanto que nos outros países se faz a caça a corrupção, em
Portugal premia-se com a entrega da presidência da federação.
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