Desamigando ditadores

O facebook dos países (mais) industrializados esta a perder amigos. Presentemente estão a ser derrubados, aqueles que durante anos governaram com mão de ferro, esmagando os direitos e liberdades desses povos, a troco da venda de barris de petróleo a preço controlado (que alimenta os bolsos das famílias e amigos desses ditadores).

Durante anos nunca foi um problema estar-se a comprar barris de petróleo a ditaduras, aliás até tem sido vantajoso a existências dessas ditaduras que tem permitido controlar os extremistas islamitas de forma a não afectar o preço do crude. Trocamos Magalhães por barris de petróleo e nunca foi uma preocupação, pelo contrario agora é que podemos começar a ficar preocupados pois o preço do petróleo tem subido e dependendo do futuro daqueles países o preço do petróleo pode ficar extremamente caro.

A escolha dos ditadores a desamigar obedece a um critério o de ter impacto na economia dos países (mais) industrializados (ex: tensão social nesses países que afecte o preço do petróleo). Razão pela qual as outras ditaduras não são afectadas (ex: China, madeira, costa do marfim….. ok, na costa do marfim ocorreram eleições, mas o presidente derrotado não aceitou os resultados).

A resolução do revolução de jasmim que presentemente pretende varrer os ditadores do norte de áfrica e médio oriente, não será eficaz em todos os países, pois aqueles que tem excesso de lucros do petróleo vão calar a boca dos manifestantes com alguns apoios financeiros e reformas, mantendo dessa forma tudo tal como sempre esteve. Nos países em que os ditadores forem corridos dificilmente será implementado a democracia plena, pois não existem partidos organizados, o povo não esta preparado para as eleições democráticas e são fortemente influenciados pelos extremistas islamitas (que apenas aceitam uma ordem única). Pelo que o risco maior é saírem da ditadura para o extremismo islamita. Como Europeu será preferível uma ditadura que a longo prazo se vá abrindo a democracia.

Espera-se que a temperatura pelo médio oriente e norte de áfrica ande sobre brasas durante os próximos anos.