
Por isso é igualmente estranho que seja o estado a querer socorrer um banco sem futuro, principalmente quando o seu peso na banca de retalho era residual, tendo por principal actividade a banca de investimentos. Ou seja é um banco que se desaparecer não deixara o tuga sem poupanças, pois ninguém tem lá o salário mínimo ou as reformas. É um banco que serviu para financiar um grupo de investidores que representam um peso importante na nossa economia, ou seja não se vai salvar a banca e os depósitos dos Portugueses, mas sim vai-se salvar as garantias desses investidores. Algo que não interessa ao pais, é uma medida politica com vista a segurar os investidores.
É estranho que o governador do banco de Portugal se venha só agora queixar da falta de informação e de informações falsas, só isso não chegava para fechar o banco ? É importante questionar qual o papel das entidades reguladoras, pois aparentemente nada sabem sobre o que se passa na actividade bancária : desconheciam as contas do BCP, não sabem quais as actividades do BES, desconhecem a solubilidade do Banfi, não tinham informações do BPN, …. Aparentemente a banca vive numa terra em que não existem leis, ou pelo menos se existem são para ignorar.

Se o estado entra no sector privado e tentar salvar todas as instituições privadas que estão a beira da falência a lista é enorme, nela se inclui instituições, cooperativas, clubes de futebol, empresas que viveram dos fundos europeus, etc. E depois vêem a “Soanes” a dizerem que para terem direitos iguais e capacidade de competir com as empresas estrangeiras também precisam do apoio do estado. É a bola de neve.
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