segunda-feira, abril 28, 2014

Frases - VII



“Good management is the art of making problems so interesting and their solutions so constructive that everyone wants to get to work and deal with them.”

Paul Hawken

domingo, abril 27, 2014

Taça da Liga 2013/2014 - Meias-Finais

Resultados anteriores
As equipas participantes na meia final da Taça da Liga são resultantes pelos vencedores de cada grupo da 2ª fase de grupos da prova


Meias-Finais - Calendário e Odds
2014-02-13
 - 19:45 - Rio Ave -v- SC Braga - (2-v-1) - Já realizado

Domingo, 2014/04/27
 - 18:15 - FC Porto (1.95) -v- Benfica (3.7) - Taça da Liga - Portugal


Comentário da jornada
Benfica
Ao contrário do que muitos amigos Benfiquistas desejam - que se poupe a pensar na Juventus - eu acho que devemos entrar na máxima força contra os corruptos tugas. Não podemos ser Benfica sem sermos Benfica. Este Domingo no Dragão o Benfica não só lutará pela final em Leiria como também irá começar a preparar a luta em Turim por Turim.

Com o campeonato ganho as atenções agora estão viradas para a Liga Europa. Isto sem menosprezar a final do Jamor, o erguer da Taça de Portugal e a saudosa dobradinha. 

Exige-se a equipa tecnica e jogadores, que lutem em todas as competições e que vençam as meias-finais, vamos por isso, lutar por um lugar em mais uma final.
Exige-se que honrem o manto sagrado, seja em que competição for. O manto sagrado é o peso da responsabilidade que os jogadores se orgulham de carregar quando vestem as camisolas com o símbolo do nosso clube. Em jogo não está a importância da competição mas a responsabilidade do nosso clube.

Numa época de grande qualidade como a que estamos a viver, sobretudo consequência de um extraordinário trabalho de Jorge Jesus e dos jogadores e a ligação crucial que os adeptos presentes ao vivo e a cores durante o ano todo (não só em Abril ou Maio) têm com a equipa, há que pensar em fazer regressar o Benfica e não ficar preso a um título que já foi ganho. Ou seja: Campeonato no bolso, avancemos para o que falta. E o que falta não é só o Jamor e a Liga Europa; falta a Taça da Liga, competição que aqui sempre defendi, independentemente de quem a ganhasse, porque acho uma prova que faz sentido no calendário do futebol português. 

A equipa que entrar tem de estar montada para lutar pela vitória. Os jogadores que jogarem têm de honrar a camisola que têm vestida.


Pelos visto muitos adeptos benfiquistas da Gloriosasfera estão a desprezar a Taça da Liga, o que no meu ponto de vista não faz qualquer sentido, nem este ano, nem nunca. Por várias razões:- Um troféu é sempre um troféu. Entra no palmarés do clube e isso nunca pode ser desvalorizado.
- Em 6 anos de Taça da Liga, o Benfica tem 4 canecos. Continuar a ser, como nos títulos de Campeão Nacional e na Taça de Portugal, o líder distanciado é sempre um objectivo que honra a nossa História.
- Se excluirmos os dois jogos para o Campeonato (que já nada resolvem), ao Benfica faltarão, no máximo, 5 jogos (2 para a Liga Europa, 2 para a Taça da Liga e 1 para a Taça de Portugal). Com os níveis de motivação que estes jogadores têm para o que resta da época, não me parece que a perspectiva de fazer 5 jogos ao mais alto nível seja assustadora ao nível físico. 
- Roldana de vitória - mais do que os índices físicos, nesta fase o que faz mover ou parar o ritmo competitivo passa pelo lado mental. Ir a Turim após uma vitória no Dragão e consequente passagem a mais uma final será sempre muito mais motivante do que partir para Itália com uma derrota contra o principal rival.
- Teremos 4 dias entre o jogo de amanhã e o de Turim. Mais do que suficiente para recuperar os jogadores. Além disso, a Juventus só jogará na Segunda e lutando pelo Campeonato, ficando com menos um dia de recuperação do que o Benfica.

Obviamente que esta Taça é para ganhar, é uma competição oficial e merece todo o respeito, principalmente por parte dos benfiquistas, pois foi uma competição que já salvou várias épocas menos conseguidas, já para não falar que o Benfica é o clube que conta com mais Taças da Liga no seu palmarés, esta é uma competição oficial e não deve ser desprezada... hoje é para vencer contra um grande rival, como não poderia deixar de ser, desprezar uma competição oficial não faz parte do ADN do SL Benfica!

O lema do Benfica tem sido um jogo de cada vez e muitos dos adeptos já só pensam na Juventus, que ainda não se conseguiu sagrar campeã de Itália e ainda não será neste fim-de-semana que o conseguirá, pois a Roma venceu o Milan, já para não falar que a Juventus só joga fora de casa na segunda-feira para o campeonato e certamente António Conte não poderá fazer grande gestão do plantel pois o Scudetto ainda está em jogo.


Considero os seguintes pontos essenciais na abordagem ao jogo:• A distância entre os dois jogos. Quatro dias parece-me ser uma margem interessante para a gestão física dos jogadores.
  • Não se constroem nem alimentam mentalidades vencedoras com derrotas. Uma derrota no Dragão nunca poderá ser algo positivo para o jogo com a Juventus.
  • A preparação táctica. No Dragão o J.Jesus poderá preparar uma alternativa táctica que considere mais adequada para o jogo de Turim. 
  • O ritmo competitivo de jogadores vindos de lesão. Tanto o Amorim como o Fejsa têm oportunidade de neste jogo recuperarem os melhores níveis competitivos e de confiança de modo a se apresentarem em melhores condições para o jogo com a Juve.
  • O descanso. Há jogadores no plantel que nesta altura da época podem estar a precisar de mais tempo de recuperação.

Se tudo correr bem, o Benfica só terá mais cinco jogos de alto nível até ao final da época...
  • Meia final da Taça da Liga com o FC Porto e suposta final contra o Rio-Ave.
  • Meia final da Liga Europa e suposta final em Turim.
  • Final da Taça de Portugal contra o Rio-Ave.
  • Os 2 jogos para o campeonato contra o V. Setúbal e FC Porto já não contam para nada.


O plantel do Benfica poderá descansar nos fins-de-semana do campeonato nacional, onde Jorge Jesus poderá até colocar a jogar jovens da equipa B, para estes se sagrarem campeões nacionais aos 19/20 anos, mas hoje é para vencer, doa o que doer... não se esqueçam do lema do Benfica, um jogo de cada vez, a Juventus fica para depois do FC Porto.


Por isso do nosso treinador não espero uma escolha de competições mas sim uma estratégia que nos permita lutar por Leiria enquanto nos fortalecemos para a luta em Turim.
Com 24/26 jogadores por onde escolher penso que temos um lote de jogadores que nos permite organizar de forma a lutar por mais uma final nacional sem sacrificar a desejada final de Turim, muito pelo contrário.
Dos jogadores habituais os mais necessitados de descanso são o Luisão, Siqueira, Enzo, Nico, Markovic e Rodrigo. Tal não significa que os 6 devam ficar afastados do jogo, até porque também as substituições servem como mecanismo de gestão.
Havia a possibilidade de integração de vários jogadores da equipa B mas após o jogo de hoje frente ao Farense tal possibilidade parece estar restrita ao Cancelo e ao Carlos Martins.

Na baliza em termos de gestão a escolha é indiferente. A dúvida estará entre o Oblak e o Artur com o Paulo Lopes a ter a sua oportunidade com o Setúbal.
Nas laterais apostaria no André Almeida (embora o Maxi dê mais confiança guardaria-o para Turin) e em Siqueira, com o Cancelo à espreita. 
Como dupla de centrais a melhor opção será Jardel-Garay. O Stevan Vitória é opção mas pouco viável.
Assim no meio campo apostaria no Rubén Amorim e no André Gomes.
Com a lesão do Salvio e a dúvida sobre o Nico, considero pouco aconselhável abdicar do Markovic. O Ivan e o Sulejmani são as outras duas opções para as alas.
No ataque aposto no Cardozo acompanhado por Djuricic.


Rumo a mais uma final!

CARREGA BENFICA!!!!

NÃO TENHO QUALQUER DÚVIDA QUE HAVERÁ TENTATIVAS DE LESIONAR JOGADORES DO BENFICA DE FORMA A ENFRAQUECER O NOSSO CLUBE PARA O JOGO COM A JUVENTUS...


Lista de convocados
Guarda-redes
 – Jan Oblak e Paulo Lopes;

Defesas
 – Siqueira, Garay, Maxi Pereira, Jardel, André Almeida e Steven Vitória;

Médios
 – Ivan Cavaleiro, Enzo Perez, Djuricic, André Gomes, Sulejmani e Ruben Amorim;

Avançados
 – Markovic, Rodrigo, Cardozo, Funes Mori e Lima.


Possível Onze 
GR - Jan Oblak;
D - André Almeida, Jardel, Garay e Siqueira;
M - Ivan Cavaleiro, Rúben Amorim, André Gomes e Sulejmani;
A - Djuricic e Cardozo.






Adversário
Vamos jogar em casa do nosso maior rival, contra o qual ambicionamos recuperar o domínio desportivo do Futebol nacional.

Há fantasmas que têm de ser superados, fantasmas que mesmo nesta época de sucesso já nos assombraram em jogo da Taça de Portugal.
Não competimos sozinhos e como tal com o nosso sucesso estará sempre o insucesso dos nossos rivais. Já batemos o Porto no campeonato e na Taça de Portugal. Resta agora fazê-lo na Taça da Liga.

É impossível abordar o Porto ignorando a Juventus. Por isso considero que vamos ao Dragão com dois objectivos: Vencer e preparar o jogo da Liga Europa.

O jogo não é contra uma equipa qualquer; o jogo é contra a equipa que tem dominado o futebol português nos últimos 30 anos, contra a equipa principal responsável (além da incompetência própria de dirigentes que andam há décadas a fazer mal ao Benfica) pela fase mais negra da História do clube. 

Ora, numa época em que ganhámos Campeonato e os afastámos da Taça de Portugal, há que ter dentro do clube gente que perceba a importância deste terceiro golpe fatal. Após estes dois primeiros ataques de qualidade à muralha portista, só falta mesmo entrar-lhes no castelo e roubar-lhes a coroa. 

Um Porto que levasse 3 socos destes numa época teria sempre muita dificuldade em aparecer revigorado daqui a 3 meses para o novo ano competitivo. Muito diferente será se conseguirem vingar os dois primeiros golpes com um que nos faça cair a nós. Entender isto é perceber o que o futuro pode ou não dar. Resta saber se quem está no Benfica compreende a importância do jogo de amanhã.

Ganhar ao Porto este Domingo será fantástico. Perder será doloroso pela derrota mas insignificante no contexto geral da época.
O que não pode haver é desistência antes ou durante o jogo. O que não pode haver é falta de atitude no banco e no relvado. Inaceitável é haver falta de vontade, de garra e de ambição.

Para quem esqueceu estes momentos, enebriado pela conquista do título desta temporada, lembre-se de que frente a estes senhores perder nem para o Troféu das Caricas da Sagres.

Não só por isto mas pelos últimos 30 anos. O jogo é para vencer. Seja quem for que entre em campo. 


Últimos confrontos
 - FC Porto 1-0  Benfica - Taça Portugal 13/14
 - FC Porto 2-1  Benfica - Liga ZON Sagres 12/13
 - FC Porto 2-2  Benfica - Liga ZON Sagres 11/12
 - FC Porto 0-2  Benfica - Taça Portugal 10/11
 - FC Porto 5-0  Benfica - Liga ZON Sagres 10/11
 - FC Porto 3-1  Benfica - Liga Sagres 09/10
 - FC Porto 1-1  Benfica - Liga Sagres 08/09
 - FC Porto 2-0  Benfica - bwin LIGA 07/08
 - FC Porto 3-2  Benfica - bwin LIGA 06/07
 - FC Porto 0-2  Benfica - Liga betandwin.com 05/06


Analise Estatística
 - FC Porto - 50J 29V 10E 11D - 91GM 46GS
 - SL Benfica - 50J 40V 6E 4D - 96GM 32GS


Odds para o jogo
 - 1 -v- 0 - 6.25€
 - 1 -v- 1 - 6.5€
 - 2 -v- 0 - 8.25€
 - 0 -v- 0 - 8.75€
 - 2 -v- 1 - 8.75€
 - 0 -v- 1 - 9€
 - 1 -v- 2 - 12.5€
 - 3 -v- 0 - 15€
 - 3 -v- 1 - 16€
 - 2 -v- 2 - 16.5€
 - 0 -v- 2 - 17€
 - 1 -v- 3 - 29€
 - 3 -v- 2 - 29€


A minha aposta :
 - FC Porto (1.95) -v- Benfica (3.7) - (1-v-2)


Vamos jogar no totobola
 - FC Porto (1.95) -v- Benfica (3.7) - 2


Próxima Jornada
Final
A equipa vencedora irá disputar a final da taça da Liga frente ao já apurado Rio Ave.

Campeões!

1. A duas jornadas do fim, está feito! É o 33.º título nacional. Depois de duas épocas azaradas, fomos de longe a melhor equipa e agora só há que esperar por novos títulos nas épocas que se seguem. Este título foi a melhor forma de homenagear os nossos saudosos Eusébio e Coluna, que tantos campeonatos nos deram. Foi um título de todos nós e também deles. E, com festejos em todo o País (nota especial para os do FC Porto, mesmo com algumas provocações alheias...) e em muitos pontos do globo, o Benfica deu mais uma prova da sua grandeza.

(Um parêntesis... pessoal: fui fazer as contas e verifiquei que este foi já o 'meu' 26.º título nacional em 60 anos. O primeiro que me lembro já como benfiquista - ouvi o relato na rádio -, foi o de 1954/55, quando o Sporting foi empatar ao campo do Belenenses a quatro minutos do fim e o Benfica, que havia inaugurado meses antes o Estádio da Luz, ganhava ao Atlético por 3-0 e pode festejar o seu então apenas 8.º título. Dois anos depois, já assisti ao vivo ao Benfica, 2 - Académica, 0. E... nunca mais parei de festejar!).


2. Jogo histórico o da Taça de Portugal, há uma semana. A jogar uma hora com menos um, o Benfica superou o FC Porto sem margem para dúvidas: não só ganhou 3-1 como ainda desperdiçou as melhores oportunidades.
Mas, atenção, ainda falta a final do Jamor!


3. Curiosamente, dias antes do Benfica-FC Porto da Taça de Portugal, Pinto da Costa salientava que há um ano o Benfica nada havia ganho, enquanto neste o seu clube ainda poderia ganhar a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Isto em contraponto com os comentários acerca da 'excelente época' que o Benfica fizera em 2013 e da 'péssima prestação' do seu clube em 2014, segundo os comentadores. Afinal, a Taça da Liga ainda vale alguma coisa...


4. O estudo não é português, é europeu, e foi encomendado pela UEFA. Segundo essa sondagem, o Benfica é o clube de 47 por cento dos portugueses, quase tanto como todos os outros juntos. Não há na Europa outro clube que reúna tantos adeptos no seu país (segue-se o Steaua de Bucareste, com 45 por cento dos romenos). Essa liderança folgadíssima a nível nacional não é nada que não se conhecesse, mas há sempre quem duvide..."


Fonte: Arons de Carvalho @ O Benfica

Vermelho vivo

A festa foi bonita. O 33.º título de campeão nacional já consta do nosso palmarés, não havendo quem conteste a justiça do triunfo. O Campeonato Nacional foi sempre definido, e bem, como o principal objectivo da temporada. Por diferentes motivos, escapara-se-nos das mãos nas derradeiras curvas das duas épocas anteriores – na última das quais de forma particularmente dolorosa.

Agora, somos Campeões. Por mérito próprio, com larga vantagem sobre a concorrência, e apesar de uma inusitada praga de lesões que foi afligindo o plantel do início ao fim da prova. Após três anos, o futebol fez justiça aquela que é, e tem sido, a melhor equipa portuguesa, pelo menos desde 2011.
Nestes momentos, é oportuno identificar os principais obreiros da conquista. À cabeça de todos, há que destacar o Presidente Luís Filipe Vieira.

A aposta na estabilidade, na ressaca de um mês de sucessivas e traumáticas derrotas, revela a capacidade de liderança daqueles que sabem ver para além da espuma dos dias. O nosso Presidente resistiu a todas as pressões, não cedendo um milímetro nas convicções que tinha acerca daquilo que entendia ser o melhor para o Clube. Saudei a sua decisão na altura. Já então me parecia ser a mais ajustada, após uma temporada que, mesmo carregada de tristeza, nos havia permitido sonhar tão alto. Será muito difícil vencer a Liga Europa. É certamente um sonho, até um objectivo, mas jamais poderá ser uma exigência. Entalada entre os jogos com a Juventus, encaro a meia-final da Taça da Liga com desejos de vitória (até pelo nome do adversário…), mas também com expectativas moderadas. Há porém um troféu que entendo não poder escapar-nos novamente: a Taça de Portugal. Só uma vitória no Jamor poderá enterrar definitivamente os fantasmas de há um ano atrás. Anseio por quatro troféus, e pela melhor época de sempre do Glorioso. Mas, enquanto sócio e adepto, apenas exijo a estes fantásticos jogadores uma vitória sobre o Rio Ave, e o erguer da taça que Eusébio e Coluna tantas vezes conquistaram.

Fonte: Luís Fialho @ O Benfica

Da coragem

Somos merecidamente campeões nacionais pela 33.ª vez. Não fazendo o balanço da época, mas apenas do campeonato, importa fazer duas ou três considerações que, pela justiça, não posso esquecer. Olho para este campeonato como aquele que se conquistou sob o signo da coragem. A coragem de um presidente que, contra quase todos, decidiu pelas suas convicções e não pelas encomendas externas e internas manter um treinador que se ficara pelo “quase” na época anterior. Ter a coragem de saber que uma convicção não é uma teimosia é um mérito. Ter a capacidade de não “emprenhar pelos ouvidos” (peço desculpa pelo plebeísmo, mas não estamos em tempos de floreados linguísticos) numa terra de alcoviteiras é um acto de coragem. Luís Filipe Vieira teve esse mérito.

Jorge Jesus teve, além da coragem de enfrentar de peito feito as facas que já não lhe eram apenas espetadas nas costas, o talento de conseguir impor, pela qualidade, uma ideia de jogo, uma metodologia de treino e um conceito de futebol. Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus vivem e não precisam de se colocar em bicos de pés para que se saiba que vivem. Outros há que, ou porque “já foram algo” ou porque “aspiram a ser algo” no mundo do Benfica, fazem prova de vida nos momentos em que as coisas não correm bem. Note-se que não falo dos que exercem a crítica desinteressada, genuína, justificada e apaixonada. Essa crítica é essencial no nosso Benfica. Falo dos que ao sabor dos resultados, dos interesses pessoais ou das passageiras tendências de opinião surgem, sempre e apenas nos momentos de ausência de vitória, a cavalgar a derrota, para que, como anões de salto alto, a multidão benfiquista se lembre da existência deles. Nesta diferença entre a convicção e o interesse, a crítica genuína e o ‘bota-abaixismo’, vai a diferença entre a coragem e a cobardia. Esta vitória no campeonato deve-se à coragem.

Fonte: Pedro F. Ferreira @ O Benfica

Converteu-se!

"Não é muito normal ver-se um treinador celebrar um título como Jesus celebrou, no último domingo, no Marquês de Pombal.


O mais comum dos benfiquistas parece definitivamente convertido a Jesus. E o Benfica é sobretudo feito dos mais comuns benfiquistas. Jesus é, portanto, hoje, entre os mais comuns dos benfiquistas, o mais desejado treinador para a próxima época. E se perguntássemos aos mais comuns dos benfiquistas o que esperam, talvez digam que esperam que Jesus continue por muitos e bons anos. Ou, no mínimo, por mais um.
O que aconteceu, mais uma vez ontem na Luz, numa grande noite europeia de futebol, ainda mais gente converte a Jesus, por ser capaz de levar a equipa a enfrentar de peito aberto e coração na mão uma poderosa Juventus, mesmo não tendo o melhor jogador, Gaitán, o jogar que mais em forma começava a estar, Salvio, e o jogador que melhor equilíbrio vinha dando aos movimentos defensivos da equipa. Fejsa.
Apesar de tudo isso, o Benfica atacou, sofreu, reergueu-se e venceu um grande jogo de futebol e prepara-se para discutir até ao fim esta meia-final europeia frente a um adversário que deitará mão de tudo o que puder para não deixar fugir a final da competição que se joga na sua própria casa.
Quantos benfiquistas serão agora capazes de negar que Jesus é grande?!


Não é, por outro lado, muito normal vermos um treinador celebrar o título de campeão como celebrou Jesus o título do Benfica, no último domingo, sobretudo quando chegou à praça do Marquês de Pombal e parecia muito mais um adepto do que o líder técnico da equipa, como se viu, até, pela inesperada e surpreendente reacção das autoridades, quando o confundiram por causa daquele tremendo disfarce.
Apesar de ser um treinador de futebol e de tudo o que ele próprio se impõe como profissional - ele e todos os treinadores -, nunca foi segredo para ninguém o sportinguismo de Jorge Jesus. Mas agora, depois do que se viu no domingo, também ninguém deve ter dúvidas de que Jesus se converteu à Luz.
Foi uma invulgar explosão de alegria e uma invulgar forma de a manifestar.
Sendo verdade que se esperava que Jesus celebrasse o título de forma absolutamente vibrante - tendo especialmente em conta o que sucedeu na última época e depois de tudo o que ele próprio sofreu de contestação - também não precisava Jesus de ter ido tão longe na manifestação da sua imensa alegria.
Mas foi, e os benfiquistas gostaram, certamente, muito.


Com o Benfica campeão, é inevitável falar-se do que terão sido os momentos da época encarnada, o que foi mais decisivo, que histórias ficam a marcar mais o título da equipa de Jorge Jesus. Elege, nesta página, José Couceiro o empate do Benfica em Alvalade, à terceira jornada, como o momento mais dos encarnados. Foi na verdade um momento muito importante, mas haverá outros.
Os golos de Markovic e Lima, o deste já na compensação do jogo com o Gil Vicente, à segunda jornada, depois do mau arranque com derrota no campo do Marítimo, não podem deixar de ser considerados como momentos altos, porque ter perdido mais pontos naquela altura, e logo na Luz, poderia ter conduzido a contestação para níveis ensurdecedores.
Contestação vinda das bancadas que terá terminado de vez à quinta jornada, quando em Guimarães, Joege Jesus perdeu a cabeça para defender um adepto das garras das autoridades. Outro momento-chave da época benfiquista porque a partir daí Jesus ganhou definitivamente o apoio dos mais fervorosos seguidores da equipa.
O desaparecimento de Eusébio veio deixar, já este ano, a marca mais profunda no caminho encarnado. O adeus ao maior jogador da história do clube aconteceu precisamente antes do grande Benfica - FC Porto, a fechar a primeira volta, quando as duas equipas, note-se, tinham o mesmo número de pontos - 33.
Um jogo sempre muito importante.


Claramente tocada pela emoção daqueles infelizes dias, a equipa de Jesus vence por 2-0, como se sabe, e chega à vantagem com um grande golo de Rodrigo, ainda por cima um golo à Eusébio, obtido num remate fantástico, supersticiosamente apontado ao minuto 13 de que Eusébio gostava muito.
Enfim, místico.
Isolado pela primeira vez no comando da Liga - graças a essa vitória bem no final da primeira volta -, e conseguindo então três preciosos pontos de vantagem sobre o grande rival das últimas décadas, o Benfica ganhou asas.
E realmente voou.


PS: Garante-se, nos bastidores da Luz, que Jesus só não será o treinador do Benfica na próxima época se lhe surgir um daqueles chamados convites irrecusáveis do estrangeiro. Caso contrário, fica. Está convertido!"


Fonte: João Bonzinho @ A Bola

'O Campeão voltou!', disse um adepto

Estamos de novo muito felizes porque a equipa que representa o Benfica ao mais alto nível voltou a afirmar todo o esplendor desportiva do Glorioso, antes mesmo de completado o calendário da maior prova nacional de futebol. Logo na noite da confirmação da vitória, a impressionante explosão do nosso orgulho, tão ansiosamente contida até ao último minuto do jogo no Estádio da Luz, pulverizou literalmente, em todo o país e no estrangeiro, os já vastos limites atingidos em anteriores celebrações das nossas conquistas: sempre que o Campeão volta os Benfiquistas saem à rua por todo o lado, em incontidas manifestações de regozijo que a Benfica TV mostrava ao pormenor e a cuja dimensão e apelo nenhuma estação generalista e de informação de rádio e de televisão pode resistir. Mas o que é mais impressionante é que, no tempo presente, à demonstração do inquestionável poder desportivo do Benfica sobre os concorrentes se soma, de cada vez a afirmação de uma crescente popularidade do Glorioso.

Como é natural, a grandeza do Benfica e a formidável expansão do Clube alimentam-se dos recordes, das marcas e das vitórias conseguidas pelos atletas e pelos técnicos. Desta vez, porém, aqui dentro sentíamos que muitos factores comportamentais acresciam no espírito dos nossos heróis, relativamente ao que se havia passado em circunstâncias anteriores.

A determinação dos protagonistas parecia ser de um novo tipo; em face, até, de situações de infortúnio, solidificava-se  e era preservada a união do grupo em torno dos objectivos estabelecidos; o desaparecimento das grandes referências Eusébio e Coluna constituía poderoso elemento de motivação; e assistíamos à utilização de novos códigos de linguagem que denotavam novas atitudes e novas estratégias competitivas.

Mas, acima de tudo, sentiu-se no futebol profissional a liderança do presidente Luís Filipe Vieira. Não foi ele quem marcou os golos. Não foi ele quem treinou os jogadores. Não foi ele quem os incentivou nas bancadas dos estádios em todo o País. Mas verdadeiramente, foi ele que, mais uma vez visionário, voltou a acordar o Campeão!


Fonte: José Nuno Martins, in O Benfica

35

Quem é Jorge Jesus? Odiado por uns, amado por outros e ainda odiado e amado (quase ao mesmo tempo) por mais alguns, o treinador que alcançou os 32.º e 33.º títulos do Benfica é tudo menos consensual.

Na cabeça de milhões que tentam perceber um pouco melhor o homem há dezenas de JJ. Há o JJ com dificuldades de expressão; há o JJ duro e, até, insuportável; há o JJ excessivamente vaidoso; há o JJ catedrático; há o JJ que «acardita»; e há o JJ mestre de táctica; e há o JJ potenciador de talentos - as fantásticas evoluções de Coentrão, Witsel e Matic, só para citar os três que mais dinheiro deram a ganhar ao Benfica, são inegáveis...

Depois, há ainda o JJ que é sportinguista - Virgolino, o pai por quem Jesus mantém enorme devoção, é adepto do clube de Alvalade e foi jogador dos leões nos anos 40 - mas há também o JJ benfiquista de coração, mais fervoroso que o mais fervoroso adepto nos festejos do título, ao ponto de ser confundido por um polícia no Marquês...

Mas há mais JJ: há o teimosos, o irascível, o bem-disposto, o maldisposto, o que hesita, o que não vacila, o que não ouve ninguém, o desconfiado.

Há, contudo, uma característica que terá sido a mais decisiva ao longo da presente temporada: o JJ confiante e que confia nos seus. Os que ouve. Que os respeita. É o caso do 35 do Enzo Pérez. O 35 sem o qual JJ não teria seria provavelmente o JJ do ego exacerbado estará decerto muito agradecido ao seu comandante no campo, a sua voz, olhos e ideias no relvado.

Inesquecível, neste plano, o momento no Benfica - FC Porto da Taça de Portugal quando, com Siqueira expulso e Gaitán na lateral-esquerda, Enzo  reorganizou a equipa, depois de Jesus, de braços abertos, lhe ter gritado: «O que queres que faça?» Seria retórica? Estamos certos de que não, Jesus queria mesmo a opinião de Enzo, o argentino introvertido que JJ adoptou e salvou, mas que está ele proprio também a ser... o salvador de Jesus."

Fonte: João Pimpim @A Bola

sexta-feira, abril 25, 2014

O nosso campeonato de A a Z

A

ANTECIPADO - Com duas jornadas ainda por disputar do campeonato de 2013/2014 tomem lá que o Benfica é campeão antecipado. Uma graça destas já não acontecia há algum tempo. «Campeão antecipado», coisa mais linda!


B
BIFANAS - A vandalização dos talhos do árbitro Manuel Mota terá sido, porventura, o momento mais carnal do campeonato. No entanto, o facto de não se terem apurado culpados transforma-o no momento mais espiritual do campeonato. Se não há carne não há matéria e onde não há matéria reina o espírito. 

C
CHUVA - O boletim meteorológico anunciava fortes chuvadas para a tarde e noite de domingo. De manhã é verdade que ainda choveu um bocadito mas pelo final da tarde o céu apresentava-se muito pouco ameaçador. De manhã, enquanto chovia, ouvi muitos rivais a cantar hossanas a São Pedro. À tarde e à noite ouvi os mesmos rivais a rogar pragas não só ao Santo, que lhes falhou, como também ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que os enganou. Queriam chuva, imagine-se. Agarraram-se a tudo.

D
DEZOITO - Dezoito pontos foram cozidos no sobrolho de Jardel depois de um lance aparatoso com um colega, Enzo Pérez, nos primeiros minutos do jogo com o Guimarães na Luz. Apesar do ferimento, o nosso zagueiro cumpriu em campo impecavelmente com a cabeça envolvida numa touca de natação que lhe ficou a matar. Bravo, Jardel!

E
ENTREVISTA - Inexplicavelmente, nesta ponta final do campeonato, antes da grande decisão, nenhum órgão de comunicação social se lembrou de entrevistar o Bruxo de Fafe. 

F
FECHA! - Continua acesa a discussão sobre a maneira de pronunciar correctamente o nome do nosso médio defensivo Fejsa. Uns garantem que se diz Féjsa outros que é Feiça, enfim só disparates. O modo correcto é Fecha. Vai Ljubomir, fecha! E que bem que fechou sempre.

G
GESSO - Salvio partiu um braço no jogo com o Olhanense. Já Sílvio tinha partido uma perna no jogo com o Az Alkmaar. O verdadeiro campeão é aquele que arrasta ternamente as suas tristezas na corrente poderosa da sua incomensurável alegria. 

H
HISTÓRICO! - Bruno Cortez é campeão de Portugal.

I
INTÉRPRETE - Afinal, ao contrário do que agouravam os nossos extasiados rivais no arranque da temporada, não foi preciso recrutar um intérprete para que a mão-cheia de sérvios se entendesse com os demais colegas ao longo da época. E a prova disso mesmo chegou ao Marquês no momento em que Markovic, depois de uns adoráveis passos de dança com uma adepta felicíssima (pudera!), se virou para as câmaras e cantou num português claríssimo: «O Campeão Voltou! O Campeão Voltou!» Não se perdeu uma palavra.

J
JUBA - A juba que caiu do céu obrigou ao adiamento da recepção aos leões na 18.ª jornada. O Sporting vinha preparado com uma surpresa táctica mas a tempestade Stéphanie respondeu-lhe com uma surpresa técnica de grande efeito visual. 48 horas depois, voltou tudo à normalidade.

K
K - Última letra do nome do nosso jovem guarda-redes esloveno que se chama Oblak.

L
LITERATURA - «Não voltes às tuas fanfarronices, não voltes a falhar, mas também não sejas cobarde!». Tropecei, em Janeiro, nesta frase num romance de Dostoievski, O Idiota, que vinha lendo desde o final do ano. Pensei que seria uma excelente frase para mandar imprimir numa faixa em letras muito grandes e pendurar no balneário do Benfica. Alguém o fez por mim, certamente. E resultou em cheio. Viva a Literatura!

M
MANEL - «Se não jogar o Matic, joga o Manel!», disse o treinador em Janeiro. Riram-se. Mas a verdade é que o Manel foi muitas vezes chamado e respondeu sempre bem. Até foi ele quem marcou de forma soberba o golo que colocou o Benfica na final da Taça de Portugal mas como este espaço hoje é especialmente dedicado ao campeonato nada mais há a dizer sobre o assunto.

N
NATUREZA - A Natureza retomou o seu curso.

O
OTORRINOLARINGOLOGISTA - Especialidade clínica que trata dos males dos ouvidos. Os nossos rivais mais assanhados lamentaram-se publicamente nos dias que se seguiram à decisão do título do excesso de ruído dos festejos benfiquistas que muito lhes ofenderam os tímpanos.

P
'PEANERS' - «Pressão? Isto para nós são peaners», respondeu o treinador a um jornalista. O que, francamente, não é uma resposta, é uma constatação filosófica, uma declaração ao país. Depois da tirada dos «peaners» já poucos se atrevem a perguntar ao treinador se a equipa lida bem com a pressão.

Q
QUIPROQUÓ - Entre o pessoal de Braga e Guimarães (nos jogos com os minhotos o campeão somou 12 pontos, fez o pleno, o que é de valor) está instalado um grande quiproquó. É que, apesar da bênção papal, os dois emblemas andam por baixo. Os adeptos não se têm cansado de manifestar os seus respectivos desagrados. Também os presidentes do Guimarães e do Braga se têm manifestado, mas em bombas de gasolina sob a égide de Pinto da Costa. Nem assim a vida lhes tem corrido bem, o que é incompreensível. 

R
RENOVAVA - «Se acabasse o contrato ontem, renovava já com ele amanhã», disse o presidente do FC Porto num preito a Paulo Fonseca depois da derrota dos ex-campeões na Luz. Renovaste? Não renovaste nada.

S
SIMPÁTICO - O Manuel Machado desde que fez as pazes com o Jorge Jesus está muito mais simpático. 

T
TEIMOSO - Como é do domínio público, a continuidade de Jorge Jesus no Benfica nasceu da intratável teimosia do presidente do Benfica. Carrega Benfica!

U
'UNUM' - E Pluribus Unum é o lema do Benfica, um clube fundado em 1904 por órfãos e outros desfavorecidos da vida. Mas sabiam latim. De Muitos, Um, é o seu significado. Há momentos em que o nosso lema se explica a si próprio. O mais recente aconteceu no Marquês quando um polícia de serviço confundiu Jorge Jesus com um adepto vulgar em invulgar delírio e o quis pôr de ali para fora por razões de segurança. Feliz o clube que tem um treinador que se confunde com os adeptos. Feliz o treinador que tem um clube que com ele se confunde. Porque ambos são feitos da mesma massa popular e sem freio, genuína, meio-amalucada e gloriosa. Jorge Jesus no Benfica está em casa. De muitos, um, está tudo dito.

V
VINTE - Vinte pontos foi quanto o Benfica recuperou ao FC Porto numa dúzia de jornadas. Não é, no entanto, nada provável que a prova se encerre com esta distância entre os rivais porque na última jornada o Benfica, pela certa, vai ao Dragão selar o título com uma equipa de miúdos oriundos da formação. Não é falta de respeito pelos benfiquistas do Norte. É gestão.

W
WIKIPÉDIA - O SL Benfica conquistou o seu último título de campeão nacional na época de 2013/2014, no dia 20 de Abril de 2014, no Estádio da Luz, frente ao Olhanense (2–0) com dois golos de Lima. Este foi o 33.º campeonato do clube.

X
XISTRA - Não sei se terão reparado mas o árbitro Carlos Xistra, a quem coube tentar impedir, com a sua aselhice costumeira, que o Benfica festejasse o seu 33.º título no último domingo, não só nos roubou um flagrantíssimo penalty como também nos roubou a bola do jogo mal apitou para o fim. No dia seguinte vieram os jornais defender a gatunice do árbitro justificando o roubo do esférico perpretado nas barbas de Luisão. Dizem que o Xistra vai leiloar a bola do título do Benfica na sua terra em prol de uma instituição de caridade. Ou seja, vai fazer boa figura à nossa pala. O Benfica é muito mais do que um clube, é uma obra social. 

Y
YVES - Já dizia o estilista francês Yves Saint-Laurent: «As modas passam, o estilo é eterno».

Z
ZANDINGA - A vertente premonitória do presidente do FC Porto está, enfim, débil. Na semana passada garantiu aos portistas que, neste final de temporada, ainda iriam ter razões para festejar e apontou directamente à Taça de Portugal e à Taça da Liga. Bom, a Taça de Portugal já foi de vela, ou de trivela, como preferirem. Resta a Taça da Liga como razão e não razões para os festejos, o que soa até a auto-infligida-crueldade. Como a meia-final da Taça da Liga a disputar com o Benfica foi patrioticamente marcada no meio dos jogos com a Juventus é mais do que provável que, com todo o respeito pelo Rio Ave, o FC Porto conquiste, finalmente, o tão desapreciado troféu. Por mim, nada a obstar."

Fonte: Leonor Pinhão @ABOLA 

24 de Abril, sempre. Democracia nunca mais!

Celebram-se este mês os 40 anos da morte do 25 de Abril. Ou talvez não seja bem isto. Mas parece. Não se sabe ao certo como vão ser comemoradas as quatro décadas de democracia. Suspeita-se apenas que a cerimónia vai ser pobre, triste, e presidida por gente que não mexeu uma palha para que a Revolução acontecesse. Os capitães de Abril não estarão presentes. Durante o Estado Novo, as pessoas que fizeram o 25 de Abril não podiam falar na Assembleia da República. Ao fim de 40 anos de democracia, continuam a não poder. Podem estar presentes, desde que seja só para enfeitar. Mas não querem. É pena. Sugiro um friso de capitães de Abril feito de fotografias em tamanho real, recortadas em cartão. Faz o mesmo efeito que os organizadores da cerimónia pretendiam, e podem usar-se fotografias dos tempos em que os capitães de Abril estavam mais novos e mais magros. É uma maneira de termos um 25 de Abril ainda mais próximo do original. E de plástico, que é mais barato.



Outra ideia, um pouco mais subversiva, mas igualmente respeitadora da ordem e do silêncio: todos os democratas presentes na Assembleia para a cerimónia comemorativa do 25 de Abril levam no bolso uma máscara do Vasco Lourenço. E, quando a corja topa da tribuna do hemiciclo, põem a máscara. Talvez pregue um susto suficiente para que alguns dos organizadores da festa corram a comprar um bilhete para o Brasil. As agências de viagens bem precisam de um incentivo destes.

Entretanto, e creio que já no âmbito das festividades, Durão Barroso afirmou que, antes do 25 de Abril, "apesar de algumas liberdades cortadas, havia na escola uma cultura de mérito, exigência, rigor, disciplina e trabalho" que se perdeu. Realmente, havia algumas liberdades cortadas. E algumas goelas, também. Mas, para o presidente da União Europeia, o regime em que havia uma polícia política que prendia, torturava e matava tinha um ensino muito bom. Parece que, na antiga RDA, o desporto também era óptimo. Dizem que Jack, o Estripador, tinha uma linda colecção de selos. E, como se sabe, os nazis tinham marchas lindas.

De facto, e com muita pena minha, o ensino do Estado Novo era melhor e mais exigente. Cito, por exemplo, o Livro de Leitura da 3.ª Classe, de 1958: "Com o Estado Novo abriu-se para Portugal uma época de prosperidade e de grandeza, comparável às mais brilhantes de toda a sua história. (...) Construíram-se muitas escolas, e hão-de construir-se as que forem precisas para que todas as crianças em idade escolar tenham onde educar-se e instruir-se." A prova de que o ensino era bom é que Durão Barroso memorizou estas palavras do livro único e não mais as esqueceu. É pena que, aparentemente, os primeiros-ministros que governaram Portugal após o 25 de Abril não tenham conseguido manter este nível de excelência nas nossas escolas. Não sei se Durão Barroso conhece algum. Mas todos eles merecem uma palmatoada. E deviam decorar os nomes dos rios e caminhos-de-ferro de Angola, para castigo.

Fonte: Ricardo Araujo Pereira @Visão

quinta-feira, abril 24, 2014

UEFA Europa League 2013/2014 - Meias-Finais - 1ª Mão

#Calendário
Quinta-feira, 2014/04/24
 - 20:05 - Benfica -v- Juventus
 - 20:05 - Sevilha -v- Valência 


#Melhor marcador
(em actualziação)


Comentário da jornada
Benfica
(em actualziação)


Lista de convocados
Guarda-redes
 – Artur Moraes e Jan Oblak;

Defesas
 – Luisão, Garay, Siqueira, Maxi Pereira, Jardel e André Almeida;

Médios
 – Djurucic, Ruben Amorim, André Gomes, Sulejmani, Enzo Perez e Ivan Cavaleiro;

Avançados
 – Cardozo, Markovic, Lima e Rodrigo.


Possível Onze 
GR - Jan Oblak
D - Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Siqueira
M - 
Ivan CavaleiroAndré Almeida, André Gomes, Sulejmani
A - Djuricic, Cardozo



#Adversário
(em actualziação)


Últimos confrontos


(em actualziação)

Analise Estatística


(em actualziação)

Odds para o jogo


(em actualziação)

A minha aposta :
 - Benfica -v- Juventus 0


Europeus
(em actualziação)

Corruptos
(em actualziação)


Derby
(em actualziação)

Fava
(em actualziação)


#ULEFantasy - 243279-544372


#Vamos jogar no totobola
 - Benfica -v- Juventus - 1


 - Sevilha -v- Valência - 1 

#Próxima Jornada 
(em actualziação)


#Odds - Vencedor do torneio
(em actualziação)

Desporto de fim de semana - 2024/03/23

Sábado, 2024/03/23  - 14:00 - Futebol Feminino - SL Benfica -v- Sc Braga - Liga Bpi | 23/24 - Jornada 18  - 15:00 - Rugby - SL Benfica -v-...