segunda-feira, junho 08, 2009

Noite de eleições Europeias

Domingo foi dia de eleições para o parlamento europeu, ao contrario das eleições anteriores nem todos os partidos ganharam, o PS já se sabe perdeu, todos os restantes ganharam. Com menos ou mais votos, com menos ou mais percentagem de votos, com menos ou mais deputados europeus, o que é certo é que todos os outros partidos ficaram contentes, porque todos ganharam.

A democracia em Portugal é algo muito serio, para que todos possam participar e não fiquem chateados, nas eleições todos ganham.

Mas contrariamente ao que tem sido anunciado, quem ganhou não foi PSD, se isso acontece-se seria uma novidade, não, quem ganhou tal como em todas as eleições anteriores foi a abstenção, sem dar qualquer hipóteses aos partidos, a abstenção consegui 62.97% dos votos, ou seja 5 vezes mais votos que aquele que foi considerado vencedor. Em cada 10 Portugueses, mais de 6 ficaram em casa a ver tv.

É de se questionar, os Portugueses não votam por desinteresse ? Porque acham que a Europa não lhes diz respeito ? Ou apenas porque não sabem o que é que vão votar ?

Se os Portugueses se interessam tanto pela democracia, não será um desperdício estar a obriga-los a terem de votar ? Não podia os deputados serem escolhidos pelos sábios e ilustres da aldeia ? Teria o “Ti Antonio” razão ?
Ou seja os Portugueses preferem uma tarde bem passada a ver tv, do que ter a oportunidade de despachar 22 deputados para a Europa. Algo de bom que estas eleições tem é que elegemos deputados, não para ficarem em Portugal a roçarem-se pela assembleia da republica, mas para se irem embora de Portugal. E desperdiçam esta oportunidade ?

Por mim o voto devia ser sempre obrigatório, que não votasse estaria a abdicar dos seus direitos como cidadão, teria de ser penalizado. Era retirar a esses os benefícios e deduções fiscais, que começavam a formar fila nas mesas de voto, para votarem em todas as eleições que faltaram.

Então se quem ganhou foi a abstenção, quantos deputados é que a abstenção tem direito ? 14 deputados que se deviam abster de ir a Estrasburgo e ficavam em Portugal a pensar nas razões porque não foram passear.
Se a abstenção fica com 14 deputados, quantos ficam para os restantes partidos ? 7 deputados. Sim apenas 7 deputados, pois a soma dos votos nulos e brancos dava para eleger um deputado.

Desses 7 deputados que foram realmente eleitos pelo povo Português (aquela parte do povo que vota) iriam ser divididos pelas seguintes cores politicas : 2 do PSD, 2 do PS, 1 do BE, 1 da CDU e 1 do PP.
Ou seja dava para eles alugarem uma carrinha de 9 lugares, dividiam as despesas e iam assim de forma económica todas as semanas para o parlamento europeu.

2 comentários:

Luis Melo disse...

Excelente a vitória do PSD, com 5% de vantagem sobre o PS. Uma grande vitória de Manuela Ferreira Leite pela escolha do excelente cabeça de lista que foi Paulo Rangel. Uma vitória da forma de fazer política, de verdade, de seriedade, de honestidade. Uma vitória de um partido que apresentou propostas, ideias e estratégias.

Uma derrota inequívoca de José Sócrates e do PS. Passam de 12 para 7 eurodeputados, perdem nos Açores (onde recentemente ganharam as Regionais) e ganham apenas em 2 distritos (sendo que em Lisboa foi apenas por 0,5%).

Não pode haver a desculpa da crise internacional, que castigou os governos. Sarkozy, Merkl e Berlusconi venceram, enquanto que os governos socialistas de Brown, Zapatero e Sócrates perderam. Foi a derrota da politica socialista que é despesista, premeia a partidarite no lugar do mérito e do trabalho, apoia e legitima a corrupção.

No contexto europeu, o PPE (onde se inserem PSD e CDS) será o maior partido com cerca de 260 deputados, contra os cerca de 150 dos socialistas (onde está o PS). A Europa teve consciência e sabe que rumo quer tomar.

RMSoares disse...

Nas eleições Europeias ninguém vota para o Parlamento europeu, opta-se por se fazer uma avaliação do governo e das suas politicas. E nestas foi mostrado um cartão vermelho ao nosso governo, a sua falta de coragem em tomar as decisões dolorosas mas correctas e aos “paninhos” quentes quem tem utilizado para combater a crise.

A principal diferença é que os partidos que ganharam, optaram por uma politica de manter as empresas abertas em detrimento dos trabalhadores, os que perderam optaram por dar ajudas aos financeiros.
Um emprego (mesmo que com maus salários e em falta) é sempre melhor do que o subsidio de desemprego.

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